O Brasil pediu nesta terça-feira no Conselho de Segurança da ONU que a comunidade internacional continue fazendo "progressos" quanto ao desarmamento nuclear e a não-proliferação de armas atômicas, após condenar o último teste realizado na última madrugada pela Coreia do Norte.
"Não podemos nos permitir deixar esta agenda (sobre o desarmamento nuclear) incompleta", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, em um debate aberto no Conselho de Segurança sobre os conflitos armados e a proteção da população civil.
Patriota ressaltou aos 15 membros do principal órgão de decisão da ONU (do qual o Brasil não faz parte atualmente) que a comunidade internacional precisa continuar a realizar "progressos" de forma "equilibrada" e "coerente" sobre a não-proliferação das armas nucleares e o desarmamento. O chefe do Itamaraty aproveitou para criticar o último teste norte-coreano, depois de o governo brasileiro no qual "urge" a Pyongyang a respeitar "plenamente" as resoluções do Conselho.
Nesse comunicado, o Itamaraty disse que tinha recebido "com preocupação" as informações sobre o teste nuclear e que defende o reinício das negociações para a paz e a segurança na península coreana.
A Coreia do Norte voltou a desafiar na madrugada de hoje (horário brasileiro de verão) com um novo teste atômico realizado na base de Punggye-ri, no nordeste do país, que recebeu condenação unânime da comunidade internacional, incluindo o Conselho de Segurança.
O regime norte-coreano disse que o teste foi um "sucesso" que mostra "as excelentes capacidades do poder dissuasório nuclear" do país e o justificou como parte de suas medidas para se defender da "brutal hostilidade" dos Estados Unidos.
Além disso, ameaçou realizar novos testes nucleares e de maior intensidade se os EUA mantiverem sua política de "hostilidade", segundo a agência oficial norte-coreana, KCNA.