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Ataque da Otan mata familiares de Gaddafi; líder líbio sobrevive


Um bombardeio aéreo da aliança militar ocidental teria atingido uma casa onde estava o líder líbio Muammar Gaddafi, matando seu filho mais novo, Saif al-Arab Gaddafi, e três de seus netos, segundo informações de fontes de Trípoli citadas pelas agências internacionais. Gaddafi teria sobrevivido ao ataque.

"O líder e sua esposa estavam na casa com outros amigos e familiares. O líder está em boa saúde, não foi ferido", disse um porta-voz do governo. "Isto foi uma operação direta para assassinar o líder deste país".

Saif al-Arab, de 29 anos de idade, era o filho mais novo do coronel Gaddafi, e estudava na Alemanha.

Em Benghazi, cidade controlada pelos rebeldes, houve comemoração com tiros para o alto durante a madrugada de sábado para domingo após o anúncio da morte de Saif al-Arab, constatou um jornalista da AFP.
 
O ataque acontece no mesmo dia em que Gaddafi afirmou estar disposto a negociar e a aceitar um cessar-fogo, embora tenha deixado claro que não deixaria a Líbia.

"Não vou abandonar meu país", apontou Gaddafi nesta madrugada em discurso transmitido pela emissora estatal. "Ninguém pode me obrigar a deixar meu país, e ninguém pode me dizer para não brigar pelo meu país".
A respeito de um possível acordo, Gaddafi afirmou que a Líbia "esteve pronta até agora para entrar em um cessar-fogo… mas o cessar-fogo não pode ser de uma só parte".
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"Nós não os atacamos, nem cruzamos o mar. Por que nos atacam? Desejamos negociar com vocês, os países que nos atacam. Desejamos negociar", afirmou.

Gaddafi ressaltou que, se os países da coalizão internacional querem petróleo, ele não vê inconveniente em negociar contratos. No entanto, advertiu que, se os estados da Otan não querem dialogar, o povo líbio não se renderá e estará disposto a resistir ao que chamou de ataques "terroristas".

O líder líbio também disse que os soldados da Otan morrerão se invadirem a Líbia por terra. "Ou a liberdade ou a morte. Nenhuma rendição. Nenhum medo. Nenhuma saída", assinalou o líder líbio, que denunciou que os ataques aéreos da Otan violam a resolução da ONU.

Por outro lado, incentivou os rebeldes a abandonarem as armas, já que, segundo sua opinião, os líbios não deveriam brigar entre si. "Não podemos lutar entre nós, somos uma família", indicou Gaddafi.
 

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