Um cientista nuclear e professor universitário iraniano foi morto em Teerã na explosão de uma bomba instalada em seu carro, afirmou nesta quarta-feira a TV estatal do Irã. As autoridades do país culparam Israel e os Estados Unidos pelo atentado.
O cientista foi identificado como Mostafa Ahmadi Roshan, que trabalhava na usina de enriquecimento de urânio de Natanz. De acordo com a mídia iraniana, os agressores se aproximaram do carro onde ele estava e acoplaram uma bomba à lataria usando um imã. Outras duas pessoas estavam no veículo e foram levadas ao hospital. Segundo a agência AP, uma delas morreu.
O vice-presidente iraniano, Mohammad Reza Rahimi, afirmou que o ataque não vai deter o "progresso" do programa nuclear do país e disse que a morte do cientista é uma "prova do terrorismo patrocinado por governos estrangeiros".
"A bomba era de tipo magnética e semelhante àquelas usadas anteriormente para assassinar cientistas, e isso é obra dos sionistas (israelenses)", disse o vice-governador de Teerã, Safarali Baratloo, segundo a agência semioficial de notícias Fars.
O ataque acontece em meio à crescente tensão entre o Irã e os EUA, que recentemente impuseram sanções mais duras contra o país persa por seu programa atômico. Washington acredita que o governo iraniano tem objetivos militares, e não pacíficos.
Em resposta às últimas sanções americanas, o Irã ameaçou bloquear o Estreito de Ormuz, uma importante rota marítima para os carregamentos de petróleo. Na segunda-feira, um americano de origem iraniana foi condenado à morte no país persa por espionagem, também elevando as tensões.
Com AP, Reuters e BBC