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Apoio dos EUA é possibilidade remota

Fernanda Godoy

NOVA YORK. O Brasil não deve alimentar expectativas sobre uma declaração do presidente Barack Obama a favor da candidatura do país a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, mas isso não tem grande significado, porque os Estados Unidos não têm simpatia pela proposta de reforma do conselho. China e Rússia tampouco estão interessadas em mexer nessa estrutura.

Dos cinco países com assento permanente e direito de veto, só a França e o Reino Unido são pró-reforma, e ambos apoiam o Brasil. O problema é que o fazem a partir de uma posição de relativa fraqueza, pois perderam influência nas últimas décadas.

O Brasil tem se aliado a outros candidatos para tentar reformar o Conselho de Segurança. Formou o G4, com Índia, Japão e a Alemanha. Mês passado, o chanceler Antonio Patriota participou de reunião com colegas do G4, em Nova York: foi decidido que o grupo vai tentar botar em votação ainda este ano uma proposta sucinta de reforma, que diga apenas que serão aumentados os números de vagas no conselho nas categorias permanente e rotativa, sem especificar nomes de países. São necessários 128 votos – dois terços dos 192 países da Assembleia Geral da ONU.

Mesmo que essa vitória seja alcançada, uma mudança na composição teria que ser ratificada por EUA, Rússia, China, França e Reino Unido.

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