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Alemanha prestes a encerrar base aérea no Níger

A base aérea da Alemanha em Niamey, no Níger, deixará de estar operacional a partir de 31 de agosto. O governo federal não tem qualquer intenção de prolongar a presença alemã.

(DW) A base aérea da Alemanha em Niamey, no Níger, deixará de estar operacional a partir de 31 de agosto. O governo federal não tem qualquer intenção de prolongar a presença alemã.

A base aérea operada pela Bundeswehr em Niamey encerra a 31 de agosto de 2024. O acordo militar assinado entre os dois países autoriza a presença militar alemã até essa data.

No entanto, de acordo com informações recolhidas no sábado (06.07) pela DW, o governo alemão não tem intenção de assinar um novo acordo para prolongar a presença do exército alemão.

O exército alemão “Bundeswehr” está a planear uma retirada ordenada dos cerca de quarenta soldados alemães destacados no Níger.

A construção da base aérea custou à Alemanha cerca de 120 milhões de euros, refere a revista alemã Der Spiegel. A base tem sido regularmente elogiada pelo valor e sofisticação do seu equipamento.

Ausência de acordo

A imprensa alemã noticiou que esta decisão resultou do fracasso das negociações entre o Níger e a Alemanha para manter a base aérea operacional.

A parte nigerina terá condicionado qualquer prolongamento a exigências consideradas inaceitáveis por Berlim.

Os militares no poder gostariam de celebrar um acordo sem qualquer menção às garantias de segurança para as tropas estacionadas no aeroporto de Niamey, nem à garantia de uma autorização sem complicações para a descolagem e aterragem de aviões.

Niamey exigia também uma “parceria igualitária” com o exército alemão na formação de soldados nigerinos e até o fornecimento de armas ao exército do Níger.

Dada a proximidade do prazo de retirada inicial, deixou de haver margem de manobra para eventuais negociações.

Cimeira da ESA em Niamey

O anúncio da partida iminente do exército alemão do Níger surgiu no sábado (06.07), altura em que o Níger acolheu uma cimeira dos Estados da Aliança do Sahel (SEA).

A organização recentemente criada pelos três países em regime militar pretende formar um bloco contra a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), hostil aos golpes de Estado na região da África Ocidental.

O Níger, o Mali e o Burkina Faso decidiram abandonar a CEDEAO, acusada de ter ultrapassado os limites das suas prerrogativas e missões ao impor sanções na sequência do derrube de governantes civis nestes países. Os países da ESA apostam na cooperação militar com a Rússia.

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