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Al-Sadr ordena trégua aos ataques contra tropas americanas no Iraque

O clérigo anti-americano Moqtada al-Sadr apelou a seus seguidores para que cessem seus ataques contra forças militares dos Estados Unidos no Iraque, explicando que não quer que os americanos tenham uma desculpa para permanecer no país, segundo um comunicado publicado em um site de seu partido político no sábado.

O comunicado afirma que, caso as tropas americanas não deixem o país até o final do ano, os ataques devem ser retomados.

Um acordo firmado em 2008 entre os Estados Unidos e o Iraque pede a retirada das tropas americanas até o final desse ano. Mas em agosto, o governo iraquiano disse que iria negociar com os americanos a respeito da permanência de algumas tropas para o continuo treinamento das forças de segurança iraquianas.

Na semana passada, foi revelado que o secretário de Defesa Leon E. Panetta havia endossado um plano para a permanência de 3.000 a 4.000 soldados americanos no Iraque para além de dezembro, com o objetivo de ministrar a formação. Também na semana passada, militares dos Estados Unidos disseram ao governo iraquiano que tinham começado a retirar suas 46 mil tropas do país.

Al-Sadr, cujo Exército Mahdi lutou duas batalhas importantes contra as forças dos Estados Unidos, se tornou um político de destaque no Iraque após os candidatos leais a ele conquistarem 39 cadeoras nas eleições parlamentares do ano passado.

Em sua declaração, Al-Sadr disse: "Eu estou preocupado com a total independência do Iraque e a retirada das forças de ocupação de nossas terras sagradas". Ele acrescentou: "E se a retirada não for concluída e o Iraque continuar instável, as operações militares serão retomadas com ainda mais força”.

Al-Sadr não mencionou o plano de Panetta, ou se um contingente de instrutores militares americanos no país levaria seus seguidores ao ataque.

Autoridades dos Estados Unidos culparam as milícias xiitas, como a de Al-Sadr, que são apoiadas pelo governo iraniano, por muitos dos ataques contra militares americanos realizados em junho, quando 15 caças americanos foram mortos, o maior índice mensal em três anos.

Em resposta ao aumento no número de ataques, os Estados Unidos exerceram pressão sobre o governo iraquiano para acabar com as milícias. Os ataques caíram significativamente em agosto, levando ao primeiro mês da guerra de 8 anos e meio em que nenhum soldado americano foi morto.

* Por Michael S. Schmidt e Zaid Thaker

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