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Ahmadinejad exige que os EUA parem movimentos militares no norte da África

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, exigiu nesta quarta-feira aos Estados Unidos e ao Ocidente que freiem seus movimentos militares no norte da África e não interfiram nos assuntos dos países da região.

Em discurso na província ocidental iraniana de Lorestan, o líder advertiu que se não o fizerem, os povos da região pegarão em armas contra eles.

"Se voltarem a se intrometerem militarmente no norte da África e no Oriente Médio, as nações vão se unir e cavar os túmulos para os soldados americanos", afirmou.

Nesta semana, o Pentágono anunciou que dois navios de guerra da frota americana presentes na região do Mediterrâneo navegam em direção ao litoral líbio, país que há dias está à beira de uma guerra civil.

"Ninguém acredita em suas palavras sobre o apoio a essas nações porque todos sabem que são os principais culpados pelos atuais crimes no planeta. Todo mundo sabe que esses ditadores eram sustentados pelos Estados Unidos", acrescentou.

Sob esse argumento, Ahmadinejad garantiu que a Casa Branca e seus aliados só buscam tomar controle dos recursos energéticos e minerais da região.

Irã apoiou as revoltas no Egito, Tunísia e da Líbia, que considera uma "onda de despertar islâmica" e entende como enfraquecimento da influência de Washington na região.

Ahmadinejad criticou nesta quarta-feira o que definiu como política de dois pesos e duas medidas dos Estados Unidos e advertiu que a nação iraniana "está preparada para resistir".

Irã e a comunidade internacional mantêm há anos uma inflamada queda-de-braço pelas suspeitas de uso bélico de seu programa nuclear, que Teerã afirma ter fins pacíficos.

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