Márcio Juliboni
Há dez anos, os drones pareciam pertencer mais à saga Guerra nas Estrelas, do que à realidade. Mas o fato é que os aviões não tripulados já representam 31% da frota militar dos Estados Unidos. E mais: são um negócio em franca expansão, tanto para veteranas do setor, como a Boeing, como para empresas menos conhecidas, como a General Atomics.
De acordo com um documento divulgado hoje pelo site da Wired, a invasão dos drones acelerou nos últimos anos. Em 2005, por exemplo, apenas 5% da frota militar americana era formada por essas aeronaves. Hoje, há 7.494 drones em operação, contra 10.767 aviões pilotados.
Em um país onde a indústria bélica tem a força, os drones também se tornaram um mercado bilionário. Nos últimos dez anos, esse negócio movimentou 26 bilhões de dólares. E há potencial para muito mais. A Força Aérea americana estima que, em 2020, o mercado mundial de drones alcance 55 bilhões de dólares – sendo 77% dele dominado pelos Estados Unidos.
Alvo: novos contratos
Como tudo que envolve dinheiro, várias empresas já iniciaram uma corrida para dominar a maior fatia desse mercado. Já em 2009, um relatório divulgado pela Forbes informava que a Boeing, por exemplo, espera alcançar 1 bilhão de dólares em faturamento nesse mercado, por volta de 2015. A operação é tocada por meio da Insitu, uma controlada que começou como construtora de bases de lançamento
Mas, ao lado de medalhões como a maior fabricante de aviação dos Estados Unidos, estão concorrentes relativamente novos nesse mercado. Um dos casos de maior sucesso é o da GAA, controlada pela companhia de energia atômica General Atomics.
Criada em 1993, a GAA é responsável pelo desenvolvimento de um dos maiores sucessos do mundo dos drones, o Predator – um avião de ataque já utilizado em missões no Paquistão e no Iêmen, entre outros lugares. Atualmente, as Forças Armadas americanas possuem 161 deles.