O Dia Internacional dos Mantenedores da Paz faz referência ao dia 29 de maio de 1948, quando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas autorizou, pela primeira vez, uma Operação de Manutenção da Paz.
A mobilização se deu na Palestina, após o cessar-fogo da guerra árabe-israelense e, a partir daí, iniciava-se a busca de soluções pacíficas para os conflitos internacionais. O Brasil participa das Missões de Paz desde 1956, quando enviou tropas para Suez, no Egito.
Em diferentes regiões do globo, uma força militar de aproximadamente 80 mil capacetes azuis, liderados pelo Departamento de Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas (DPKO), atua para resolver conflitos da melhor forma possível: por vias pacíficas.
Missões com participação do Brasil:
Cerca de 2.400 brasileiros da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira contribuem para essa missão, participando de operações de paz sob a égide da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Brasil participa das missões de paz da ONU desde 1947, quando observadores militares brasileiros foram enviados à região dos Bálcãs, na porção meridional da Europa. O primeiro envio de tropas a um país estrangeiro aconteceu 10 anos depois, com a participação na Força de Emergência das Nações Unidas do Batalhão Suez, criada para evitar conflitos entre egípcios e israelenses.
Ao todo, o Brasil já participou de mais de 30 missões das Nações Unidas, tendo enviado cerca de 27 mil militares ao exterior. Atualmente, o país possui tropas e observadores militares em 12 países espalhados por cinco continentes (ver mapa acima).
Em duas delas, o Brasil ocupa posições de destaque, liderando o componente militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) e o braço marítimo do comando da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil).
Em 2010, o país passou a contar com o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil – Centro Sérgio Vieira de Mello (CCOPAB), localizado na Vila Militar, na cidade do Rio de Janeiro, um estabelecimento voltado à preparação de militares, brasileiros e estrangeiros, que irão compor as missões de paz das Nações Unidas
Foi só recentemente, no entanto, que o Brasil assumiu tarefas de coordenação e comando militar de importantes operações, como no Haiti (2004) e no Líbano (2011), o que trouxe prestígio à política externa do país, aumentando a projeção brasileira no cenário mundial.