No período de 1º a 9 de junho, o Comando Conjunto Norte empreendeu ações que culminaram na maior apreensão de minério já realizada no Brasil, durante a Operação Ágata Norte. Foram capturadas 202 mil toneladas de manganês, cobre e cassiterita, na Vila do Conde, em Barcarena (PA). Além disso, foram apreendidos 309 kg de cocaína, 2.850 kg de pescado, 218 m³ de madeira, 7.600 caixas de cigarro, 77 embarcações, 20 veículos, 13 armas, 188 munições, 5 motosserras, e 1.200 litros de combustível. Também foi interceptada uma embarcação que transportava 26 kg de maconha e 600 pílulas de ecstasy, sendo encontradas 12 pessoas de origem cubana que saíram do Suriname em direção ao Brasil. As atividades foram encerradas com um balanço total estimado em R$ 201,4 milhões em materiais ilícitos apreendidos.
Foram empregadas 3.119 pessoas, entre civis e militares das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública e ambientais, 50 meios navais, 47 terrestres e 6 aéreos. As ações foram desenvolvidas em uma área equivalente a 1,7 milhão de km² de área terrestre, 1 milhão de km² de área marítima, 5.500 km de rios navegáveis, 1.800 km de litoral e 1.300 km de fronteira terrestre.
Os órgãos envolvidos planejaram a operação há meses e, com conhecimento no combate aos delitos transfronteiriços e ambientais, agiram em ações simultâneas em pontos estratégicos, utilizando dados de monitoramento sob área marítima, fluvial, terrestre e aérea. Também foram empregados equipamentos de última geração, disponibilizados pelo Comando de Defesa Cibernética e aeronaves do Comando de Operações Aeroespaciais para o patrulhamento marítimo.
A Operação Ágata atua também na vertente da ação social. Entre os dias 4 e 7 de junho, a população do município do Oiapoque (AP) contou com Ação Cívico-Social que resultou em 70 atendimentos médicos, com distribuição de medicamentos; 63 atendimentos odontológicos; e distribuição de 100 kits odontológicos. Também foram atendidos ribeirinhos das comunidades de Taparuba (AP) e Prainha (AP), com 28 atendimentos médicos; 20 odontológicos; e distribuídas 40 escovas de dente.
Operação Ágata Norte
A Operação Ágata Norte promove ações repressivas e preventivas contra delitos transfronteiriços e ambientais na fronteira marítima até o limite da Zona Econômica Exclusiva, incluindo os portos, e na fronteira terrestre dos estados do Pará, Amapá e Maranhão. São combatidos os crimes de narcotráfico e crime organizado; contrabando e descaminho; pesca ilegal; garimpo e exploração de recursos minerais ilegais; exploração e transporte de madeira ilegal. A Operação, que faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, é organizada pelo Ministério da Defesa e realizada em coordenação com órgãos federais e estaduais, bem como agências de segurança pública e ambientais.
As operações conjuntas são necessárias para aumentar a presença do Estado em locais de baixa densidade populacional e infraestrutura incipiente, bem como para atuar em ações coordenadas, a fim de somar esforços de forma estratégica, contribuindo para a segurança da região.
Órgãos e Agências
O Exército Brasileiro atua na Operação Ágata por meio do Comando Conjunto Norte, formado pelo 4º Distrito Naval, Comando Militar do Norte e Comando de Operações Aeroespaciais.
Participam também da Ágata Norte 2022 os seguintes órgãos: Ministério da Justiça e Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), Polícia Federal (PF), Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional, Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do índio (FUNAI), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará e Polícias Militar e Civil dos estados do Pará, Amapá e Maranhão.