Brasília (DF) – Nesta sexta-feira, dia 6 de setembro, transcorre os 80 anos da primeira ação de Força Expedicionária Brasileira (FEB). A 1ª Companhia de Engenharia de Combate integrante do 1º Escalão da FEB desembarcou em solo italiano em 16 de julho de 1944. Sob o comando do Capitão Floriano Moller, a companhia foi submetida a um intenso treinamento junto ao 5º Exército Americano. Enquanto um pelotão frequentava o curso de Pontes M2 Bailey, outro pelotão estava no curso de explosivos e desminagem na Escola de Engenharia de Dugenta na Itália.
No retraimento, os alemães destruíram as pontes na Toscana, armadilharam as estradas, os rios Arno e Serchio eram largos e caudalosos, e as tropas do 5º Exército estavam detidas no corte do Rio Arno. O emprego da Engenharia era iminente e determinante para o avanço contra as tropas nazistas.
A 1ª ação de combate
No dia 6 de setembro, a missão era desarmar 50 Kg de explosivos na base de uma ponte, e três minas antitanques em outra, além de lançar duas pontes Bailey. Armadilhas neutralizadas no mesmo dia.
Iniciaram-se então os lançamentos das pontes. A primeira, localizada no vilarejo de Montecalvoli, sobre os destroços de uma ponte no canal Usciana, afluente do Rio Arno, foi concluída no dia da Independência do Brasil, e assim sendo, foi batizada de “Sete de Setembro”. Sua capacidade era “classe 40” e possuía 58 metros de comprimento.
A segunda, em Santa Maria a Monte, no mesmo canal, alguns quilômetros rio acima, foi denominada “Entre Rios”, em referência à cidade que estiveram acantonados no Rio de Janeiro, antes da partida para a Itália. Ponte construída no dia 9 de setembro. Sua capacidade era também “classe 40” e possuía 43 metros de comprimento.
A técnica e superação da Engenharia Brasileira era o prenúncio da tropa de escol que entrara em solo italiano – a FEB estava em ação.