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Força Aérea dos EUA divulga 1º combate aéreo com IA e humanos

O primeiro combate aéreo com IA e pilotos humanos é um evento promovido pela Força Aérea dos EUA (USAF) que está redefinindo os paradigmas da história aeroespacial. Desde a concepção do NF-16D até o desenvolvimento do X-62A, cada passo dessa jornada representa um processo inovador no uso da inteligência artificial na aviação militar.

O desenvolvimento do X-62A

O X-62A tem uma história que remonta ao NF-16D, concebido por Mike Marchat em 2019. Inicialmente designado como NF-16D, em 14 de junho de 2021, o caça foi rebatizado como X-62A após modificações realizadas pela General Dynamics e Calspan, adaptando-o para uso pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Esse modelo experimental, derivado do F-16D, apresenta um bocal de motor de vetorização de empuxo de múltiplos eixos (MATV), permitindo um controle ativo pós-estol, aumentando sua manobrabilidade e mantendo o controle dos movimentos de arfagem e guinada em diferentes ângulos de ataque.

O NF-16D é essencialmente um F-16D Block 30 baseado no projeto estrutural da Força Aérea Israelense, destacando-se pelo desenvolvimento do Direct Voice Input e do “Virtual HUD” em seu design. Atualmente, a aeronave é empregada pela Escola de Pilotos de Teste da USAF, sediada na Base da Força Aérea de Edwards e mantida pela Calspan. Ela desempenha um papel fundamental em missões de pilotos teste, projetos acadêmicos e pesquisas de voo, com planos futuros de incorporar o Autonomous Control of Simulation (SACS) para operá-la como um Skyborg.

Em 18 de abril, a USAF promoveu a participação da aeronave em um marco histórico: o primeiro combate aéreo com IA, evidenciando o progresso contínuo no desenvolvimento e integração de tecnologias avançadas de inteligência artificial na aviação militar .

O combate aéreo entre a IA e o piloto humano

Em setembro do ano passado, a Força Aérea dos EUA divulgou que um caça F-16, controlado por um computador, enfrentou uma aeronave em combate aéreo na base aérea de Edwards, localizada na Califórnia. As duas aeronaves se engajaram em um combate em curta distância visual, alcançando velocidades de até 1.200 milhas por hora. Em um momento impressionante, os caças chegaram a apenas 2.000 pés (610 metros) de distância um do outro.

Após essa experiência, surgiu a variante X-62A, também conhecida como VISTA, que consiste em uma versão modificada de um F-16 equipado com um programa de IA. Construído em dezembro de 2022, o modelo já realizou cerca de 21 voos de teste, totalizando mais de 17 horas no céu.

Este evento marcou a primeira vez em que uma aeronave controlada por IA foi utilizada em combate. A USAF revelou que, durante o voo, o algoritmo de inteligência artificial realizou análises de dados e tomou decisões em tempo real, em um processo chamado de “aprendizado de máquina”, refletindo a forma como os pilotos de caça aprimoram seus instintos ao longo de anos de prática. Além disso, a DARPA divulgou um vídeo do combate, oferecendo uma visão das aeronaves em ação nos céus.

Apesar da presença de pilotos humanos no X-62A para desativar o sistema de IA, se necessário, essa ação não foi requerida em nenhum momento. Em um comunicado, o DARPA destacou que o combate aéreo controlado por IA contra humanos representa um momento transformador na história aeroespacial.

Temos que confiar nesses algoritmos para usá-los em um ambiente do mundo realtenente-coronel Ryan Hefron, gerente do programa na DARPA.

Embora o exército dos EUA já tenha empregado aeronaves autônomas por décadas, o uso de aprendizado de máquina foi proibido durante anos devido ao alto risco e à falta de controle independente. Assim, para viabilizar o combate ocorrido na última quinta-feira (18), a DARPA dedicou esforços ao desenvolvimento de um sistema de IA capaz de voar autonomamente como um caça a jato, mantendo simultaneamente os rigorosos protocolos de segurança das Forças Aéreas.

Força Aérea dos EUA revelará mais detalhes em breve

Durante os 21 testes de voo do X-62A na Base Aérea de Edwards, foram exigidas intervenções humanas quase diariamente para realizar reprogramações, resultando em alterações de mais de 100.000 linhas de código.

Em resposta, as Forças Aéreas dos Estados Unidos enfatizaram que o envolvimento humano continuará sendo crucial para operar sistemas de armas autônomos, mesmo em cenários futuros. No entanto, a intenção é que o nível de intervenção humana durante a tomada de decisões seja gradualmente modificado ao longo do tempo.

Skyborg

O Projeto Skyborg Vanguard é uma iniciativa inovadora no campo da aviação militar, que visa desenvolver e implementar sistemas autônomos de aeronaves não tripuladas, conhecidas como “drones de combate”, para operações integradas com a Força Aérea dos Estados Unidos. Este projeto representa um salto significativo no uso da inteligência artificial e da automação na aviação militar, com o objetivo de melhorar as capacidades de combate, reduzir os riscos para os pilotos humanos e explorar novas estratégias de operações aéreas.

O nome “Skyborg” é uma combinação de “sky” (céu) e “cyborg” (organismo cibernético), refletindo a ideia de uma colaboração entre máquinas e humanos no céu. O desenvolvimento do Projeto Skyborg Vanguard envolve a criação de uma arquitetura de sistemas que permita a comunicação e a cooperação entre aeronaves tripuladas e não tripuladas. A IA é projetada para fornecer suporte em tempo real, como tomada de decisões táticas, seleção de alvos e adaptação a situações imprevistas. Esses sistemas autônomos devem ser capazes de operar em ambientes complexos e dinâmicos, realizando missões de combate e reconhecimento.

O Projeto Skyborg Vanguard traz consigo uma série de benefícios potenciais para a aviação militar e a segurança nacional:

  1. Redução de Riscos: Com a IA pilotando drones de combate, a exposição dos pilotos humanos a situações de risco é significativamente reduzida, aumentando sua segurança.
  2. Eficiência Operacional: Sistemas autônomos podem executar tarefas repetitivas e complexas de maneira mais rápida e eficiente do que os humanos, melhorando a eficácia das missões.
  3. Adaptação Rápida: A IA pode aprender e se adaptar a novos cenários e táticas com mais agilidade do que seres humanos, tornando-se uma ferramenta valiosa em ambientes de combate em constante evolução.
  4. Colaboração Estratégica: A capacidade de trabalhar em conjunto com aeronaves tripuladas abre oportunidades para estratégias mais flexíveis e coordenadas, maximizando o potencial tático1.

Apesar da presença de pilotos humanos no X-62A para desativar o sistema de IA, se necessário, essa ação não foi requerida em nenhum momento. Em um comunicado, o DARPA destacou que o combate aéreo controlado por IA contra humanos representa um momento transformador na história aeroespacial.

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