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ESA – Gen Div R1 Joarez: Não compartilharam nem comigo, que sou o coordenador do projeto’

 Diario SM

22 Outubro 2021

 

Responsável por realizar as visitas técnicas aos três municípios finalistas que concorriam como sede da futura Escola de Formação de Sargentos (ESA), general de Divisão da reserva do Exército Brasileiro, Joarez Alves Pereira Junior, disse que não participou da reunião que decidiu por Recife (PE) como a grande escolhida. O anúncio foi feito na quinta-feira, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por meio de uma live no Facebook.

Em entrevista ao Central CDN 3ª Edição Especial, na noite de quinta-feira, o general, que é responsável pelo projeto e que realizou o levantamento de dados e informações técnicas das três cidades, afirmou que não foi comunicado a ele o porquê da escolha da capital pernambucana.

– É uma escolha do comandante e do alto comando do Exército, cuja reunião de escolha eu não participei. Eu fiz todo o estudo, eu apresentei tudo das três localidades que estavam na disputa, todos os aspectos, todos os pontos mais fortes e as vulnerabilidades de cada local, mas todos eles tinham condições de receber a nova escola. Agora, eu não tenho como dizer o que se passou no alto comando do Exército e nem pelo comandante, porque a decisão é dele. E até porque não me foi dito. Mas ele avaliou todos os aspectos técnicos, efetivamente. Eu acho, que na percepção do comandante, por algum motivo, pesou mais a questão de Recife, mas eu não sou o mais indicado para conseguir pontuar isso – disse.

Questionado sobre os motivos e aspectos positivos que poderiam ter contado a favor de Recife, o general citou como exemplo o colégio militar, o hospital e o campo de instrução, que também são oferecidos por Santa Maria:

– Não sei o que contou a favor, porque todos os locais tinham aspectos relevantes e positivos. Recife tinha um campo de instrução muito apropriado, também como acontece em Santa Maria, um campo que já é do Exército, com a manobra mais fácil e dimensão apropriada. Havia uma questão em debate de que hoje nossas escolas estão muito centradas no Sul e Sudeste, e Recife permitiria ao Exército ter uma dimensão mais de território nacional, descentralizando essa concentração. A cidade de Recife tem algumas vantagens de apoio à família militar, porque tem colégio militar, hospital já estabelecido, uma série de fatores. Mas não tenho condição nenhuma de dizer que algum desses fatores foi determinante.

Em relação aos critérios técnicos levantados no estudo, disse que a decisão final sempre foi do comandante e do alto comando.

– Fiz o estudo para fornecer os dados. Essa [decisão por Recife] é uma percepção que o comandante levou para si e para o alto comando. Ele não compartilhou nem comigo, que sou o coordenador do projeto, porque ele, certamente, preferiu avaliar dentro desse universo, discutir e tomar sua decisão. O patamar de análise sempre foi dentro do critério técnico. É lógico que tem a figura do comandante do Exército, que analisa os aspectos técnicos. Os três locais tinham aspectos extremamente relevantes. Mas o critério sempre foi a postura do comandante. Ele decidiria pela análise de critérios técnicos – finalizou.

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