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Notas Estratégicas FAB – A Procura aos Caças pela FAB

Caças Gripen versão E (esquerda) e C voando lado a lado. A enigmática foto do calendário Gripen de Agosto 2024

Nelson F. Düring
Editor-Chefe DefesaNet
20 Agosto 2024

A Força Aérea Brasileira está procurando no mercado internacional até 24 caças usados para formar dois esquadrões de combate em substituição a frota de AMX, que param de voar no ano que vem. A nova frota de aviões seria enviada à Base Aérea de Santa Maria-RS (BASM). A informação já foi repassada ao Ministério da Defesa, segundo fontes do próprio ministério.

Entretanto, os militares estão enfrentando uma série de dificuldades para encontrar aviões disponíveis para venda. Além disso, depois será necessária a compra e integração de sensores e armamentos. Hoje a FAB trabalha com duas plataformas, caças F-16 ou Gripen C/D.

Discretamente a SAAB começou o marketing da versão Gripen C ao colocar as versões C e E voando lado a lado no wallpaper do #CalendárioGripen de Agosto 2024.

Caças F-16 estão praticamente indisponíveis, parte sendo enviada a Ucrania. Muitas das plataformas operacionais serão mantidas como reserva estratégica, restando disponíveis versões mais antigas e células bastante desgastadas. Além disso, uma autorização do Governo dos EUA é necessária para transferência ao Brasil. O processo de autorização pode levar até dois anos, segundo fontes.

A outra possibilidade estudada é a aquisição de caças Gripen C/D, que inicialmente foram produzidos na versão A/B e posteriormente modernizados para o padrão atual. Seriam aviões com mais de 30 anos de operação.

Interlocutores da FAB e da indústria afirmam que uma possível aquisição de caças Gripen C/D sepultaria o projeto de desenvolvimento e produção do F-39 Gripen E/F já que ambas as plataformas são totalmente diferentes, com pouca comunalidade técnica e operacional, e citam que além de possuírem capacidades distintas, estão equipados com sensores, radares e motores diferentes, o que poderia criar um pesadelo logístico.

Novos caças no radar do Governo

Interlocutores do Governo afirmaram ao DefesaNet que existe interesse por parte do Planalto na aquisição de aviões de combate Dassault Rafale, da França ou do Leonardo FA-346, da Itália, mas a produção no Brasil seria uma exigência do governo, com participação da indústria nacional. Entretanto a escolha de aviões novos tem encontrado forte resistência na Embraer e feito eco na FAB através dos Brigadeiros que integram o Conselho da empresa, segundo fonte do MD, e a Embraer não possui interesse de produzir aviões de combate de outros fabricantes e quer garantir o fluxo de recursos para seus atuais projetos.

Foto emblemática do Ministro Mucio no cockpit do FA-346 em Farnborough sendo observado pelo Comandante da Aeronáutica Tenente-Brigadeiro Damasceno. Será que a FAB ainda não entendeu a mensagem do Governo?

Será uma escolha difícil. Dassault Rafale de Macron ou oLeonardo FA-346 de Matarella. Qual será a parceria estratégica que o Brasil vai escolher em Lula 3?

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