A FARSA DO GOLPE
Gen Ex Ref Maynard Marques de Santa Rosa
8 Janeiro 2024
O papel compartilhado do GSI, “black blocks” e extremistas de esquerda com os depredadores, no dia 8 de janeiro, foi cuidadosamente abrandado nas investigações, para na o desfigurar a narrativa construí da sobre uma meia verdade.
A farsa do golpe foi tramada para justificar o estado de exerça o em que nos encontramos e legitimar, perante a opinião pública, o resultado de um processo eleitoral suspeito. Contou com a cumplicidade da mídia clientelista e a orquestração em rede de fofocas da Web, ao modelo do sistema “Mynd8”.
E visível a degradação das instituições brasileiras pelo aparelhamento sistemático, ao ponto de validarem as indicações do advogado pessoal de um presidente condenado e de um militante político confesso para integrar o STF, uma corte que se auto investiu de isenção e transcendência para investigar, acusar e julgar qualquer cidadão em última instância.
O Exército Brasileiro e a instituição garante do Estado e na o pode envolver-se em arranjos políticos. A letra da sua canção, escrita pelo TC Alberto Augusto Martins, em 1916, traduz o arque tipo do ideário patriótico intuído pelos jovens turcos no seu regresso ao Brasil: “Nós somos da pátria a guarda, fieis soldados, por ela amados. Em nosso valor se encerra toda a esperança que o povo alcança”. Quando se perde o valor moral, esvai-se a esperança popular e grassa a lassidão.
O patriotismo do soldado, expresso no compromisso a Bandeira Nacional, e valor imutável que alimenta o moral e na o pode ser recalcado pelas circunstâncias. E a renúncia ao interesse particular em favor da Pátria, cuja honra, integridade e instituições juramos defender com o sacrifício da própria vida.
A alma da tropa e a sua dimensão moral. O que multiplica o poder de combate e liderança e motivação. Tropa sem alma e arma sem munição. Dizia o manual C 20- 10 que disciplina, moral e espírito de corpo são os indícios da presença de liderança.
Ao submeter o ideário sublime de serviço a Pátria a interesses transitórios, a Instituição converte-se em milícia pretoriana de políticos oportunistas, farsantes e corruptos.
O comando do Exército, dispondo dos instrumentos que constituem os olhos e ouvidos da Instituição, não tem o direito de alienar-se da maquinação ainda em curso que usurpou o poder. A presença do comandante em sessão política que enaltece a farsa avaliza a encenação, avilta a farda e rompe o vínculo de lealdade que mantém unidas as gerações de chefes militares.
O tempo mudou o contexto, mas não o espírito: “A paz queremos com fervor. A guerra só nos causa dor. Porém, se a Pátria amada neste dia é ultrajada, despertemos sem temor”.
Nota DefesaNet
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