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SÃO PAULO  –  As linhas de crédito à exportação corresponderam a maior parte dos recursos tomados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pela Embraer nos últimos 14 anos, informou a companhia em nota de posicionamento enviada ao Valor.

Nesse período, cerca de 80% dos valores concedidos pelo banco foram utilizados em operações de crédito à exportação. “Estes números refletem o sucesso dos produtos da Embraer no mercado internacional e o fato de haver poucas empresas no Brasil com perfil semelhante”, diz a nota.

Na sexta-feira (18), o BNDES divulgou a lista dos 50 maiores tomadores de recursos de 2004 a 2018. A Embraer aparece na primeira posição do ranking nos últimos dois triênios. Considerando o período de 14 anos, a fabricante de aeronaves ocupa a segunda posição da lista, atrás da Petrobras.

Em nota, a Embraer destacou que tem acesso aos mesmos mecanismos de financiamento disponíveis para toda a indústria brasileira, de acordo com as regras do comércio internacional, e que as condições de financiamento para o setor aeronáutico por agências de crédito à exportação, como é o caso do BNDES, são definidas internacionalmente pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

A empresa informou ainda que a decisão de como financiar a aquisição das aeronaves é de competência exclusiva dos clientes da empresa, que podem usar várias fontes de financiamento disponíveis no mercado. Nos últimos 14 anos, disse a Embraer, menos de 30% das aeronaves exportadas foram financiadas com apoio do BNDES.

Ainda segundo a nota, os recursos dos BNDES são utilizados também para o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos usando “engenharia genuinamente brasileira”.

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