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Weapons on Demand – Royal Navy testa drone fabricado com impressora 3D


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Por Pal Marks – Texto do MIT Technology Review

Tradução, adaptação e edição – Nicholle Murmel

Na última terça-feira, no litoral sudeste da Inglaterra, o navio HMS Mersey, da Royal Navy, lançou algo inusitado a partir de seu convoo – um veículo aéreo não tripulado barato e fabricado a partir de uma impressora 3D.

A pequena aeronave, de apenas 3 quilos, foi lançada por uma catapulta de três metros e voou sozinha entre alguns pontos pré-programados, até ser conduzida por um operador remoto para o pouso de barriga em uma praia.

O drone foi impresso (achamada tecnologia aditiva) no litoral e montado no próprio navio. Esse teste foi planejado para demonstrar como veículos até certo ponto descartáveis, de fabricação rápida e baixo custo, poderiam diminuir despesas e permitir às tripulações se adaptarem de um tipo de missão para outra, por exemplo, logo após um desastre natural.

Produzir drones de plástico para os navios da Marinha através das linhas de produção em massa tradicionais não oferece essa flexibilidade, além de ser mais caro por conta do número de unidades para fechar uma encomenda, explica Geoff Hayward, oficial encarregado dos VANTs no Centro de Guerra Marítima, e que estava a bordo do HMS Mersey para supervisionar o teste na última terça-feira.

Antes do experimento, não se sabia se um VANT de baixo custo e feito a partir de impressão conseguiria suportar o vento e o ambiente em alto mar, diz Hayward. “Até onde sabemos, é o primeiro teste do tipo no mundo”, afirma. A tecnologia foi desenvolvida em parceria com pesquisadores e uma empresa de impressão 3D, e pode vir a ter usos civis e comerciais.
 


A aeronave, com envergadura de um metro e meio de envergadura e movida a hélice, foi desenvolvida por engenheiros aeronáuticos da Universidade de Southampton e batizada de Sulsa. Ela é composta de quatro partes impressas separadamente e fundidas com pó de nylon e laser.

Até mesmo as partes dobráveis como leme  e os ailerons são feitos na impressora. Bateria, componentes eletrônicos para controle, hélice e motor são necessários para completar o veículo, e sensores como câmeras e radares também podem ser incorporados. O VANT completo pode voar a até 100 milhas por hora (180km/h).

Drones lançados a partir de navios já existem, mas, em geral, são muito maiores e custam milhões de dólares, diz Jim Scanlan, professor em Southampton e que trabalhou no projeto do Sulsa. “A Marinha acredita que os drones lançados a partir de navios hoje são muito caros”, completa.

O Sulsa pode ser impresso a um custo de apenas alguns milhares de dólares, diz Scanlan. O professor admite que o drone só consegue voar por 40 minutos, mas esse tempo pode ser suficiente para missões como responder a denúncias de pirataria, quando a capacidade de observar uma embarcação a uma distância de 10 milhas é importante. “Se atirarem no drone, que diferença faz? Você manda outro”, explica Scanlan.

O pesquisador imagina navios da Marinha suspendendo para o mar com componentes impressos para montar até 50 unidades, bem como uma impressora 3D e estoque da matéria-prima em pó para fabricar mais vaículos para diferentes missões, que podem exigir sensores e equipamentos diferentes nas aeronaves. Porém, ainda há trabalho a fazer para provar que imprimir drones em alto mar faz sentido. Criar as partes do Sulsa leva horas, e as impressoras existentes teriam que ser modificadas para se manterem estáveis no mar.

Nota DefesaNet

A tecnologia de 3D (agora batizada de Produção Aditiva) terá uma ampla cobertura de DefesaNet

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