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Uso de câmeras junto ao corpo por policiais colocam direitos civis em risco nos EUA, diz estudo

Muitas cidades norte-americanas aprovaram ou ampliaram o uso de câmeras junto ao corpo desde agosto de 2014, quando um policial branco matou a tiros um adolescente negro desarmado em Ferguson, no Missouri. O episódio provocou protestos e um debate nacional sobre o uso da força policial, principalmente contra minorias.

O estudo foi realizado para a coalizão Conferência de Lideranças de Direitos Civis e Humanos pela empresa Upturn, com base em Washington e que pesquisa como a tecnologia afeta temas da área social.   

“Câmeras junto ao corpo trazem a promessa de transparência policial, mas isso está longe de ser algo automático”, afirmou Harlan Yu, da Upturn, em entrevista a jornalistas.

O estudo teve como foco os maiores departamentos de polícia dos Estados Unidos com programas de câmeras junto ao corpo, além de programas que recebem financiamento federal, e cidades que tiveram incidentes de destaque envolvendo policiamento.

A pesquisa fez a avaliação com base em oito critérios, incluindo a publicação ou não pelo departamento da sua política em relação às câmeras, o grau de arbítrio dos policiais para ligar e desligar os aparelhos, e se policiais envolvidos em incidentes são proibidos ou não de assistir a filmagens antes de escrever seus relatórios.   

Nenhum dos departamentos de polícia analisados cumpriram todos os critérios, e os departamentos em Ferguson e em Fresno (Califórnia) fracassaram em todos eles. Quase metade não disponibiliza com facilidade para o público as imagens das câmeras.

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