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Urânio enriquecido no Brasil começa a atender Angra 1

As Indústrias Nucleares do Brasil (INB) produziram o primeiro lote de urânio enriquecido para ser usado na fabricação do combustível destinado ao abastecimento da Usina Angra 1.

O enriquecimento está sendo feito na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende (RJ).

O Brasil domina a tecnologia do enriquecimento de urânio desde os anos 1980. Em 2006, foi inaugurada a Usina de Enriquecimento, em Resende, e o urânio enriquecido desde então será usado agora para produzir o combustível necessário para a recarga de Angra 1.

A tecnologia, 100% nacional, é o resultado do esforço da Marinha do Brasil com participação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Universidade de São Paulo (USP) e de outros parceiros, conduzido ao longo de três décadas.

Em 2014 o país passou a dominar a tecnologia para separar o urânio do fosfato, permitindo aproveitar o minério da jazida de Santa Quitéria, no Ceará.

Combustível nuclear para Angra

Segundo o presidente da INB, Aquilino Martinez, o Brasil tem capacidade para enriquecer, por ano, urânio para atender 7% da demanda das usinas nucleares de Angra 1 e 2.

O objetivo é ampliar essa capacidade para atender toda a demanda de combustível das duas usinas.

O domínio da tecnologia é estratégico porque reduz dependência de fornecedores para a produção de combustível nuclear.

"Além de ser estratégico para a soberania do Brasil, o domínio da tecnologia do enriquecimento significa redução da dependência de fornecedores externos para a produção de combustível nuclear", disse Martinez.

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