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Stefanini investe em ofertas de segurança cibernética e inteligência e anuncia acordo de cooperação com a israelense Rafael

A Stefanini, uma das mais importantes provedoras globais de soluções de negócios baseadas em tecnologia, planeja criar uma joint-venture com uma das maiores empresas de defesa israelense, a Rafael. Essa joint-venture oferecerá um conjunto de soluções de combate ao crime cibernético e ao terrorismo, bem como soluções avançadas de inteligência. O anúncio oficial foi realizado durante a feira LAAD Security, que acontece de 12 a 14 de abril no Riocentro, no Rio de Janeiro.

A Rafael Advanced Defense Systems é uma desenvolvedora de sistemas inovadores, tais como o Iron Dome, sendo responsável por um dos maiores projetos de segurança cibernética em Israel, atuando também em projetos relacionados à área de Defesa no Brasil.

Para o diretor geral da joint-venture no Brasil, Carlos Alberto Costa, além da segurança da infraestrutura de tecnologia e das informações, as soluções terão um foco importante na segurança da automação industrial, especialmente neste momento em que a Internet das Coisas (IoT) é apontada pelas consultorias internacionais como uma das principais tendências tecnológicas para 2016, criando assim a necessidade de novas arquiteturas de segurança para identificar, responder, bloquear e contra-atacar tentativas de invasão aos sistemas corporativos.

De  acordo com o Gartner, haverá mais de 4,9 bilhões de dispositivos conectados à Internet este ano, o que representa um aumento de 30% em relação a 2014. Para os próximos cinco anos, este número atingirá 25 bilhões. Neste cenário, a segurança terá um papel estratégico e, de acordo com a consultoria, mais de 20% das empresas terão até 2017 serviços de segurança digital para proteger os projetos de Internet das Coisas.

Para atender a essa demanda e reduzir o gap que existe em segurança cibernética, a Stefanini, que já trabalha com segurança de infraestrutura, decidiu investir na parceria para levar tecnologia de ponta para o mercado financeiro e para outras verticais, que ainda não possuem a tradição de investir em projetos robustos de segurança para prevenir a invasão de sistemas e vazamento de informações confidenciais.

“Muitas empresas não sabem o que estão perdendo e, por isso, não investem em defesa cibernética. É preciso mudar essa cultura no Brasil e conscientizar as empresas sobre a importância da prevenção. Com as soluções de cybersecurity, conseguimosgarantir que os dados confidenciais das empresas sejam preservados, que a linha de produção industrial fique menos vulnerável e que a nossa infraestrutura crítica de energia, água e telefonia não seja paralisada por ataques virtuais”, explica Wander Cunha, diretor da Business Consulting da Stefanini.

Além das soluções de cybersecurity, esta joint-venture trará para o Brasil soluções avançadas de inteligência para lidar com o desafio de explorar grandes volumes de dados. Isto irá contribuir com as investigações policiais, adicionando inteligência ao processo de investigação, inclusive com a possibilidade de automatizar algumas tarefas, utilizando big data para análise detalhada de quaisquer provas coletadas. Também contribuirá com sistemas avançados de monitoramento de imagens digitais em vários setores: agronegócio, monitoramento de barragens, gasodutos, setor elétrico e linhas de transmissão.

Crimes cibernéticos
Divulgado no ano passado, o estudo da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, afirmou que o aumento do número de crimes cibernéticos tem sido um tema de destaque no cenário de riscos corporativos, tornando-se uma questão urgente para os conselhos empresariais.

O relatório da ONU calcula que as perdas por causa de fraudes on-line cheguem a US$ 3,5 bilhões. Crimes cibernéticos incluem ações não-monetárias, como distribuição de vírus em redes de computador ou roubo de informações comerciais confidenciais ou de identidade. O mesmo estudo citou que o Brasil está entre os cinco países com mais crimes cibernéticos – os outros são Rússia, China, Nigéria e Vietnã.

“Neste momento em que as companhias e instituições brasileiras querem ampliar seus investimentos de segurança, apostamos na parceria com a Stefanini para oferecer o que há de mais moderno em cybersecurity, utilizando nossos avançados sistemas de inteligência e defesa”, afirma B.G (Ret.) Ariel Karo, Head da diretoria de Cyber & Inteligência da Rafael.

A transação ainda está sujeita à aprovação prévia das autoridades do Brasil e de Israel.

Stefanini
A Stefanini é uma multinacional brasileira com 29 anos de atuação no setor de Serviços em TI. Totalmente verticalizada por segmento de indústrias, a consultoria possui grande expertise no mercado financeiro (atende as dez maiores instituições financeiras do País), telecomunicações, seguradoras e setor público.

Presente em 39 países, sua oferta de serviços abrange Consultoria, Integração, Desenvolvimento de Soluções e Outsourcing para Aplicativos e Infraestrutura; e ainda BPO para processos de negócios. Reconhecida mundialmente, a Stefanini está entre as 100 maiores empresas de TI do mundo (BBC News) e foi apontada como a quinta empresa transnacional mais internacionalizada, segundo ranking da Fundação Dom Cabral 2015.

Rafael
A empresa desenvolve e fabrica sistemas de defesa avançados para as Forças de Defesa de Israel, bem como para clientes estrangeiros em todo o mundo. A Rafael oferece aos seus clientes uma gama diversificada de soluções tecnológicas inovadoras e de vanguarda para atuação em mar, solo e no espaço aéreo.

A Rafael foi selecionada pelo governo de Israel para liderar o programa CERT (Computer Emergency Response Team), sendo o contratante principal do programa, em cooperação com o País e companhias mundiais de TI – EMC, IBM, Matrix e Cisco. Juntas, essas empresas irão desenvolver soluções projetadas para fornecer programas de defesa cibernética para Israel, com capacidades de segurança e defesa avançadas para detecção, monitoramento e tratamento de ameaças cibernéticas.

Em 2015, a Rafael registrou um lucro líquido de 118 milhões de dólares e uma carteira de encomendas de 5 bilhões de dólares.

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