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SGDC – Três anos do lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas

Na segunda-feira, 04MAIO2020, completou 3 anos do lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.

 

A Telebras, como estatal de Telecomunicações, com a atribuição de prestar apoio e suporte a políticas públicas de conexão à Internet em banda larga, promovendo assim a inclusão digital, foi encarregada pelo Governo Federal para capitanear a construção e o lançamento do SGDC, bem como de encarregar-se da operação da sua banda Ka.

 

Segundo o Diretor Técnico-Operacional da Telebras, Emílio Acocella, “contribuiu para essa decisão a oportunidade de utilizar uma infraestrutura satelital pela qual trafegasse informações sensíveis e estratégicas, que garantisse a soberania do país em suas comunicações satelitais militares”.

 

O lançamento envolveu esforços da Telebras, encarregada da operação, controle e monitoramento do satélite e das empresas francesas: Thales Alenia Space, escolhida após a seleção entre os três principais fornecedores satelitais, para disponibilizar o satélite e todos os equipamentos de missão responsáveis pela operação do SGDC; e Ariane Space, para realizar o lançamento.

 

O projeto SGDC e o seu lançamento demandaram, e ainda demandam, pessoal especializado em operação e controle de satélites, fato que representou um grande desafio para Telebras, que tinha apenas três profissionais para realizar todas as atividades iniciais do projeto. “Conseguimos enviar quatro colaboradores para a França para treinamento, que foi multiplicado para os 29 especialistas e três colaboradores responsáveis pelas atividades administrativas, que atualmente estão distribuídos nas equipes de operação do SGDC.

 

Desde 1° de julho de 2017, essa equipe desempenha esse papel de forma eficiente e com responsabilidade”, conta Sebastião Neto, Gerente de Engenharia e Operações de Satélite da Telebras. Assim, um dos legados do lançamento do SGDC, foi a capacitação, pelo Programa de Absorção de Tecnologia, de novos especialistas numa área extremamente relevante e com pouquíssimos profissionais disponíveis no Brasil.

 

Segundo Sebastião, uma parceria relevante ao longo do projeto foi com a Visiona – joint venture entre a Telebras e a Embraer – desde a sua criação. Mais recentemente, a Viasat entrou no projeto para fornecer a banda base e as VSAT para levar a Internet banda larga com qualidade a centenas de milhares de brasileiros.

 

Quanto a operação e alcance do SGDC, ressalta-se a qualidade e a velocidade de transmissão de dados. Com o SGDC, é possível acesso à Internet via satélite que há poucos anos não era possível em áreas rurais e interior do Brasil, onde a infraestrutura de outras operadoras não tem cobertura. Ainda, o satélite apresenta alta qualidade e confiabilidade de seus serviços, visto que, por mês, 99,7% dos circuitos instalados por meio do SGDC não solicitam reparo.

 

Com o seu lançamento, o SGDC se tornou o único satélite brasileiro a fornecer conexão de Internet banda larga de alta velocidade a 100% do território nacional, beneficiando a sociedade. 79,39% dos seus circuitos estão instalados no Norte e Nordeste, regiões do país que mais carecem de disponibilidade de acesso a Internet.

 

O SGDC, projeto do Estado brasileiro, tem vital importância para o país, atendendo ao Ministério da Defesa com banda X e, através da sua banda civil (Ka), levando conectividade de qualidade a pontos como escolas, postos de saúde, comunidades indígenas e quilombolas.

Por meio do satélite, o Programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) oferece inclusão digital a mais de 2,5 milhões de alunos de escolas públicas. Ainda, o SGDC dá suporte de conexão em banda larga durante grandes catástrofes, como ocorrido no rompimento da barragem de Brumadinho, e no atual momento, com a pandemia provocada pelo Covid-19.

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