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Seminário da Junta Interamericana de Defesa discute participação feminina na promoção da paz e segurança no continente americano

Por Mariana Alvarenga

Para ampliar a discussão da participação feminina na área da defesa, a Junta Interamericana de Defesa (JID) promoveu o seminário Mulheres, Paz e Segurança. O evento foi transmitido pelo YouTube e pela plataforma zoom, com apresentações de nove palestrantes, integrantes de diferentes países, incluindo a Capitão de Corveta Taryn Senez, primeira assessora de gênero e direitos humanos da Secretaria Geral da JID. A oficial também é responsável pelo Programa Mulheres, Paz e Segurança (MPS), que orienta 29 Estados-membros interamericanos sobre a temática. Em sua palestra, explicou os objetivos, pilares e plano de ação da iniciativa, e frisou os resultados aguardados pelo MPS, como o desenvolvimento das atividades de treinamento e capacitação, e a divulgação do Programa.

“O primeiro resultado esperado é a participação ativa dos países, incentivando-os a progredir com urgência nas questões de MPS, promovendo interações diretas entre as nações, onde um país apoia o outro na redução de disparidades”, disse ela.

Durante o seminário, foi abordada a Resolução 1325 da Organização das Nações Unidas (ONU), criada em 2000, e trata do tema MPS. O Brasil, em cumprimento a dispositivos dessa norma, criou o Plano Nacional de Ação (PNA). O documento cita avanços na igualdade de gênero nas Forças Armadas.

Mulheres nas Forças Armadas

A Marinha foi a primeira a receber mulheres, em 1980, e a pioneira, também, a promover mulheres ao almirantado, o mais alto posto da Força. A partir de 2024, elas serão admitidas no Corpo de Fuzileiros Navais, tropa de combatentes terrestres da Força Naval.

O Exército, ao longo da história, vem ampliando a participação feminina em seus quadros. Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, elas foram admitidas na Força Terrestre. Em 2018, as mulheres passaram a ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras, permitindo a elas seguir carreira de combatente.

Na Força Aérea a admissão feminina começou em 1982, e em 2003 elas passaram a ser inseridas como aviadoras.

A JID

É uma organização militar internacional formada por representantes civis e militares de 28 países. Presta serviços de assessoramento técnico, consultivo e educativo em assuntos militares e de defesa inerentes ao hemisfério americano, para a Organização dos Estados Americanos (OEA) e seus estados membros. A JID tem sede em Washington, nos Estados Unidas.

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