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Satélite sensor de vento Aeolus construído pela Airbus está pronto para ser embarcado

O Aeolus, satélite de detecção de vento da Agência Espacial Europeia, está pronto para seu lançamento. O satélite cruzará o oceano Atlântico a bordo do navio “Ciudad de Cádiz” da Airbus para Kourou, na Guiana Francesa, onde um lançador Vega o enviará para órbita em 21 de agosto.

O instrumento é tão sensível que pode ser danificado por uma súbita perda de pressão. Por esse motivo, o transporte aéreo deve ser evitado e, pela primeira vez, a Airbus transportará um de seus satélites a bordo de seu próprio navio.

A espaçonave de 1,33 tonelada preparada pela Airbus conta com o Aladin, o primeiro instrumento LIDAR (Light Detection And Ranging) de detecção e medição óptica de distância baseado no espaço, que usa o efeito Doppler para determinar a velocidade do vento em diferentes altitudes.

O Aladin dispara um poderoso pulso de laser ultravioleta através da atmosfera e, usando um grande telescópio de 1,5 m de diâmetro, coleta a luz refletida, que é analisada a bordo por receptores altamente sensíveis para determinar o deslocamento Doppler do sinal de camadas em diferentes altitudes na atmosfera.

“O Aeolus é o primeiro do mundo com a inovadora tecnologia que dará uma enorme contribuição para a previsão do tempo em escala global. O pioneirismo de um instrumento LIDAR no espaço é um grande desafio – mas um ótimo exemplo daquilo que os europeus podem alcançar quando trabalhamos juntos!”, Disse Nicolas Chamussy, Diretor de Sistemas Espaciais da Airbus.

O Aeolus fornecerá dados de confiaça sobre o perfil do vento em escala global que serão necessários para os meteorologistas, para que melhorem ainda mais a precisão das previsões meteorológicas, e para os climatologistas, para que compreendam melhor a dinâmica global da atmosfera terrestre.

O Aeolus orbitará a Terra 15 vezes por dia com entrega de dados aos usuários em até 120 minutos da medição mais antiga em cada órbita. O ciclo de repetição da órbita é de 7 dias (a cada 111 órbitas) e a espaçonave voará em uma órbita de 320 km de altitude durante três anos.

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