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Rockwell cresce no país com parcerias com a Embraer

Virgínia Silveira
 

O fortalecimento da parceria com a Embraer nos programas dos jatos KC-390 e dos executivos Legacy 450 e Legacy 500, além da conquista de novos contratos na área de gestão de sistemas de informação para aeroportos impulsionaram os investimentos da Rockwell Collins Brasil. Para atender aos novos projetos de clientes das Forças Armadas, dos aeroportos e também das companhias aéreas, a Rockwell dobrou suas instalações no Brasil e inaugurou uma nova base em São José dos Campos.

A empresa nomeou o executivo Marcelo Vaz para ser o novo presidente da Rockwell Collins do Brasil, em substituição a Nelson Aquino, que esteve no cargo ao longo de 30 anos. Aquino continua na empresa, mas agora na coordenação dos projetos que irão suportar o crescimento da companhia na região.

"Nos últimos cinco anos nós investimos US$ 10 milhões no Brasil e provavelmente iremos investir a mesma quantia nos próximos cinco anos", afirmou Alan Prowse, vice-presidente da Rockwell Collins nas Américas. O executivo reconhece as dificuldades impostas pela crise, mas afirma que depois de 40 anos de presença no país, a empresa já aprendeu a lidar com os altos e baixos da economia brasileira.

Prowse estima um mercado de produtos e serviços no Brasil superior a US$ 5 bilhões nos próximos cinco anos, período em que espera expandir suas atividades no país entre 15% e 20%. A Embraer continua sendo a principal parceira da companhia no Brasil.

O jato militar KC-390, por exemplo, que foi a primeira aeronave militar a aplicar a tecnologia do sistema integrado de aviônica Pro Line Fusion da Rockwell, agora também terá o sistema de lançamento de cargas e de controle de entrega aérea (CHADCS, na sigla em inglês) da companhia. O Chadcs é um sistema de controle digital utilizado para manter, monitorar e executar de forma precisa lançamentos aéreos de carga, veículos e tropas.

"Trata-se de um sistema crítico de segurança da aeronave, mas foi projetado para permitir que a carga seja liberada no momento certo e na velocidade adequada", afirmou o executivo.

Vaz conta que o novo contrato com a Embraer aumenta em 30% a participação da empresa no programa do KC-390. "Estamos bem posicionados no mercado brasileiro e com os talentos necessários para continuar crescendo. Estabelecemos como meta um crescimento de 5% nas vendas até 2019", disse.

A expectativa da companhia, segundo o executivo, é que 50% da receita global venha do mercado internacional. Para o ano fiscal de 2016, ele espera vendas entre US$ 5,3 bilhões a US$ 5,4 bilhões.

A Rockwell também acaba de assinar contrato com o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, para fornecer soluções tecnológicas que irão otimizar o controle de passageiros e bagagens durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

"O sistema também vai agilizar a locação de aeronaves nos pátios e informações sobre voos, aliviando o congestionamento nos portões e melhorando as taxas de partida e chegada", afirmou o diretor de vendas de Serviços de Gerenciamento da Informação da Rockwell na América Latina, Augusto Santos.

O sistema de verificação automática de passageiros Arinc da Rockwell também está no aeroporto internacional de São Paulo (GRU). A primeira fase do projeto entrou em operação durante a Copa do Mundo de 2014.

Nos últimos três anos, segundo Vaz, a Rockwell aumentou em 50% o quadro local de funcionários no Brasil (atualmente são 50 pessoas), para atender ao desenvolvimento de programas no país e ao processo de transferência de tecnologia em áreas estratégicas de interesse do país.

As seis aeronaves Legacy 500 que a FAB adquiriu da Embraer para missões inspeção de voos e calibração de aeroportos também utilizam equipamentos da Rockwell Collins. Além dos aviônicos Pro Line Fusion, os jatos estão sendo equipados com os rádios Talon, sistema de comunicação aerotransportado. Esse mesmo equipamento foi selecionado como sistema de comunicação segura para os helicópteros do Exército brasileiro em 2013.

Em 2014 a Rockwell começou a fabricar no Brasil o rádio aerotransportado HF-9087D para os helicópteros E225 M, que a Helibras está produzindo para as Forças Armadas brasileiras. O contrato também inclui o fornecimento de serviços de testes e reparo de rádios de alta frequência no país.

Esse tipo de rádio, de alta frequência, permite comunicações de longo alcance e em grandes altitudes com aplicação em controle de tráfego aéreo, avisos de clima e de tempestade marítima, avisos de ameaça de segurança e serviço de radiotelefonia.

Nota DefesaNet:

Recomendamos a leitura do seguinte artigo:
Rockwell Collins do Brasil tem novo presidente e metas ambiciosas (Link)

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