Durante quase quatro horas as principais autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais estiveram debatendo a segurança pública nacional. Em torno de uma mesma mesa, o presidente da República, Michel Temer, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elaboraram sugestões para o combate à criminalidade no País. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, saiu da reunião certo que “tratou-se de um encontro histórico”. Segundo ele, foi proposto “um mutirão para reduzir a criminalidade no Brasil”.
Jungmann disse que as Forças Armadas podem também contribuir nesta mobilização pela redução da criminalidade em ações na faixa de fronteira. A acompanhado dos comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira; do Exército, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas; da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, e do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Almirante de Esquadra Ademir Sobrinho, o ministro Jungmann disse que “o mais importante do encontro foi o próprio encontro inédito”.
“Se reuniu todos os poderes. É uma reunião inédita onde todos estiveram debatendo e discutindo as questões”, disse Jungmann.
O ministro contou que coube ao ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, em nome do governo federal, apresentar um plano de cooperação federativa. Este plano agora será apresentado aos governadores, aos prefeitos e aos secretários estaduais de segurança pública, como desdobramento da reunião ocorrida nesta sexta-feira (28), no Palácio do Itamaraty.
Jungmann pontuou algumas propostas levadas pelas autoridades, como uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apresentada pelo senador Renan Calheiros para investigar o financiamento do crime organizado em campanhas políticas. O procurador Geral da República, Rodrigo Janot, defendeu que o Brasil faça valer os acordos internacionais para punir criminosos no âmbito do Mercosul. A presidente do STF defendeu um levantamento de dados que possa mapear a criminalidade no país e, deste modo, permitir as autoridades o combate aos grupos criminosos.
Reunião histórica – A preocupação com a crise na segurança pública nacional levou à mobilização dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário a promoverem reunião, no Palácio Itamaraty, para debater o tema. O objetivo é propor um pacto para equacionar os principais gargalos existentes no país.
Na primeira parte, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, apresentou uma proposta de cooperação federativa em matéria de segurança pública. Após a reunião, o Palácio do Planalto divulgou um comunicado conjunto.
A proposta deste encontro foi da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. Ela mobilizou o presidente Michel Temer e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Participaram também os ministros José Serra (Relações Exteriores), general Sergio Etchegoyen (Gabinete da Segurança Institucional) e Dyogo Oliveira (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão).
Fiesp – Projetos estratégicos foram destaques durante a solenidade
“Além de unir ainda mais as Forças Armadas ao setor de defesa industrial, a parceria com a Fiesp apoiará ainda mais a busca para um país melhor”. Essas foram as palavras do Ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante a homenagem que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prestou às Forças Armadas, nesta sexta-feira (28/10), na sede da entidade, em São Paulo (SP). A solenidade contou com a presença de oficiais-generais do Alto-Comando da Aeronáutica, Marinha, Exército e profissionais da área da indústria e defesa.
Durante a solenidade o Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, agraciou os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Ele ressaltou, em discurso, a importância em ter as Forças Armadas ao lado da Instituição ."Um país com o potencial do Brasil queremos que as Forças Armadas estejam estimuladas e equipadas com tecnologia e o nosso apoio é fundamental", destacou.
Sobre a indústria de defesa nacional o Ministro da Defesa destacou os projetos estratégicos das Forças Armadas, entre eles o projeto KC-390, a maior aeronave já fabricada no país, e a aquisição dos caças suecos Gripen NG.
"A indústria de defesa é muito importante. Estamos em fase de negociação com alguns países, entre eles, Portugal que está prestes a adquirir de 5 a 6 aeronaves KC-390. Isso é o resultado de muito trabalho e esforço que a base industrial de defesa tem feito para que os outros países possam conhecer e adquirir projetos de grande porte". Destacou Raul Jungmann.
O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, enfatizou que as parcerias público-privada são essenciais para a criação e inovação de novos projetos. " É muito importante fomentar a indústria de defesa e a Fiesp cumpre seu papel como aliada das Forças Armadas criando oportunidades para o fortalecimento e desenvolvimento dos projetos que estão em andamento e os que estão por vir".
Após a homenagem as autoridades participaram do tradicional jantar oferecido pela Fiesp.