O Reino Unido anunciou nesta quarta-feira planos para aumentar seu poder de vigilância, incluindo o direito de identificar quais sites usuários visitam na Internet, medidas consideradas vitais pelos ministros para manter o país seguro, mas que segundo críticos se trata de um ataque às liberdades.
A secretária do Interior, Theresa May, disse a parlamentares que o novo documento detalha pela primeira vez o que os espiões podem fazer e como serão supervisionados.
"(O documento) tornará as garantias e as medidas de supervisão mais fortes", comentou. "E dará aos homens e mulheres de nossas agências de segurança e de inteligência… os poderes que precisam para proteger nosso país."
As operadoras de serviços de comunicação poderão ter de guardar durante um ano os dados de navegação de Internet de seus clientes. A secretária garantiu que muitas das medidas da nova lei só atualizam os poderes existentes ou explicam melhor suas atribuições.
O acesso de policiais e espiões ao uso da Internet se limitaria a "históricos de conexão à Internet", quais sites foram visitados por usuários, mas não quais páginas em particular, e não seu histórico de navegação, declarou.
(Reportagem de Michael Holden e Kate Holton, com reportagem adicional de Elizabeth Piper e Kylie MacLellan, em Londres; e de Mark Hosenball, em Washington)