O Brasil teve mais uma conquista na área da tecnologia. O primeiro nanossatélite totalmente projetado, produzido e testado com tecnologia nacional foi lançado ao espaço em janeiro de 2015 e entrou em órbita nesta quinta-feira (05/02).
O AESP-14, também conhecido como cubesat, é uma iniciativa dos estudantes de graduação e pós-graduação e professores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Com as dimensões de um cubo, com 10 centímetros de lado e pesando quase um quilo, o dispositivo foi produzido em parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o ITA, ambos em São José dos Campos (SP). Sua missão é validar subsistemas desenvolvidos por alunos de graduação e pós-graduação do ITA, além de levar acoplado um equipamento que é capaz de medir bolhas na ionosfera.
Parte II – Já na segunda etapa, realizada na última quinta-feira (05/02), o satélite de pequeno porte foi lançado da estação para o espaço.
A colocação do AESP-14 no espaço foi realizada por meio do dispositivo japonês JEM Small Satellite Orbital Deployer (J-SSOD), um lançador desenvolvido para satélites de pequeno porte.
Para cumprir a tarefa, 30 minutos após o lançamento foi ativado um modem a bordo, que transmitirá informações de cientistas brasileiros na frequência de rádio amador e os dez primeiros rádio amadores que captarem a transmissão receberão certificado de participação.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) investiu R$ 250 mil no desenvolvimento do satélite, cabendo ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o aporte de R$ 150 mil em bolsas para pesquisas.
A AEB ainda financiou US$ 555 mil para os lançamentos do AESP-14, do Sistema Espacial para a Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites (Serpens) e do Tancredo-1, estes dois últimos programados para lançamento ainda este ano.