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Ministro da Defesa acompanha ação do Exército em MS, depois de fortes chuvas

Fernanda Melazo
Ascom

 

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, está acompanhando, em Dourados (MS), as ações do Exército, que, há dois dias, apoia o governo do Mato Grosso do Sul na ajuda à população e recuperação dos estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram a região. O governo estadual reconheceu o estado de emergência em 14 municípios.

"O Ministério da Defesa e o Exército estão prontos para apoiar o governo do Mato Grosso do Sul e a população onde for necessário", disse o ministro, que já conversou com a presidente Dilma Rousseff e com o governador do estado, Reinaldo Azambuja, sobre a situação da população.

Segundo o comandante da 4a Brigada de Cavalaria Mecanizada, general Rui Yutaka Matsuda, o Exército está apoiando o governo do estado no mapeamento da região afetada. "O importante é garantir que nenhum município fique totalmente isolado, o que não ocorre até o momento", disse.

Na segunda-feira (7), o helicóptero do Batalhão do Exército de Campo Grande levará o governador e uma equipe de engenheiros do Exército para o sul do Estado para mapear a região e verificar quais obras de infraestrutura serão necessárias para recuperar os estragos. O sul do Estado, próximo à divisa do Paraná, foi a região mais atingida. As chuvas romperam pontes e causaram graves danos às rodovias.

Na região do município de Bela Vista, fronteira com o Paraguai, várias famílias ribeirinhas, em um total de 700 pessoas, foram retiradas das áreas de risco das margens do Rio Apa. "A prefeitura solicitou o nosso apoio e nós ajudamos a retirar as famílias e levá-las para o ginásio de esporte", disse o general Matsuda. "Estamos mapeando a região e acompanhando os desdobramentos. Se for necessário, nós vamos atuar de novo", afirmou.

Em outra localidade, na região de Jardim, chuvas com vendaval destelharam muitas casas e causaram danos à rede elétrica. "Estamos apoiando a população local nessas ações de restabelecimento da infraestrutra crítica, como o fornecimento de água e energia elétrica", informou o general.
 

Para ministro, valorizar tradições do povo fortalece a defesa nacional¹

Durante o encerramento da 2ª Copa Nacional de Laço Comprido, domingo (6), em Dourados (MS), o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, afirmou que “um país sem tradição, sem história, sem cultura, sem identidade, não se defende de nada. Por isso é importante que valorizemos as manifestações culturais do nosso povo, e o laço comprido é um esporte vinculado à vivência do nosso homem do campo”.

O laço comprido é uma prova realizada em uma pista, onde correm os laçadores e bovinos. Em um ponto demarcado, entram os bois na cancha, com espaços para o laçador destro e canhoto e um local por onde o bovino sai da cancha, e lhe é retirado o laço. O laçador deve arremessar seu laço antes de seu cavalo ultrapassar a marca de 100 metros e tem que fechar a laçada em torno das aspas (guampas), antes que o animal saia da pista. O comprimento total do laço deve ser de 18 a 20 metros. É uma competição de precisão e envolve duas fases: uma classificatória e uma final, eliminatória. O vencedor deste ano foi o laçador Rogério Chaves.

Em Esmeralda (RS), na década de 1950, foi realizado o primeiro torneio de laço, que deu origem às atuais competições. Com a saída dos agropecuaristas gaúchos para o restante do Brasil, em busca de novas terras para plantar e criar gado, o esporte foi disseminado.

Durante a gestão de Aldo Rebelo no Ministério do Esporte, a modalidade foi considerada esporte nacional. Segundo Gino José Ferreira, presidente do Clube do Rancho do Laço, onde ocorreu a final da copa, de 4 a 6 de dezembro, “o laço comprido corre nas nossas veias. Aqui concorreram laçadores do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Paraná”.

Para Élvio Garcêz, presidente da federação da modalidade no Mato Grosso do Sul, o domingo foi “um dia histórico e inesquecível, por ter a presença de um ministro prestigiando nosso esporte”. Também o presidente da Confederação Brasileira de Laço Comprido, dr. José Atanasio Lemos Néto, valorizou a copa, “que vai crescer muito. Já temos 100 mil praticantes do laço no Brasil. Jogando um tiro de laço, tomando um tereré, saboreando um chimarrão e um churrasco gordo, carteando um truco, tomando um trago de canha, montando um bom cavalo e bagualeando um ‘alçado’, cultuamos a tradição de nossos antepassados”.

O prefeito de Dourados, Murilo Zauith, salientou que “o produtor labuta a terra, sempre acreditando no seu trabalho, e faz do laço o esporte da família, o momento da confraternização com os amigos”.

Também os deputados sul-mato-grossenses José Teixeira (estadual) e Geraldo Resende (federal) falaram na cerimônia de encerramento. O ministro Aldo Rebelo presenteou a Confederação Brasileira do Laço Comprido com um capacete dos Dragões da Independência, destacando os brasileiros que, “no passado e no presente, trabalhando no campo, estabelecem as fronteiras do País e laboram para que nossa população tenha garantida a comida no prato”.

Aldo e Atanasio descerraram uma placa comemorativa da copa. Os 28 integrantes da Banda da 4ª Brigada do Exército, que atua em Dourados desde 1981, executaram o Hino Nacional e apresentaram um pouco de seu repertório aos presentes.

¹ Por Fernanda Melazo

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