Os ministros da Defesa, Raul Jungmann, das Cidades, Bruno Araújo e o vice-presidente da Caixa Econômica Federal para Assuntos de Governo, Paulo Galli, assinaram nesta quinta-feira (17) um acordo de cooperação que viabiliza a concessão de financiamentos habitacionais para os militares das Forças Armadas. A estimativa é que sejam beneficiados, num primeiro momento, cerca de 75 mil militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira, sendo a grande maioria em postos iniciais da carreira.
O acordo, vigente por no mínimo cinco anos e que pode ser prorrogado, prevê o desenvolvimento conjunto de ações para apoiar os financiamentos imobiliários residenciais para os militares das Forças Armadas, inclusive no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida. Com a assinatura do termo, o Ministério da Defesa pretende definir em conjunto com a Caixa e o Ministério das Cidades, um Plano de Ação para melhoria do atendimento aos integrantes das três armas.
“Estávamos defasados no tempo por não ter um programa como esse. É um acordo histórico porque significa uma parte do resgate e da retribuição do compromisso, do sacrifício, e sobretudo, da dedicação dos militares brasileiros com a causa do Brasil. É um acordo especial por atender uma pequena parte das necessidades da família militar”, declarou o ministro da Defesa.
O objetivo da cooperação é sistematizar o atendimento aos militares. “O nosso cálculo é que nós temos uma demanda de aproximadamente 75 mil militares, compreendendo, em cerca de 60%, praças, soldados, cabos e sargentos. A nossa prioridade é atender a brasileiros que precisam ter habitação, e os militares que se enquadram dentro das faixas possam ter uma reserva dentro do Programa Minha Casa Minha Vida. E o sonho da casa própria, sobretudo para o militar, eu diria que é extremamente importante. Depois da comida, do emprego, a dignidade de um homem está muito relacionada a ter uma casa”, frisou Jungmann.
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, reforçou que o acordo de cooperação irá permitir compreender a real demanda das Forças Armadas brasileiras, não apenas de forma quantitativa, mas o modelo que se encaixa no padrão e na rotina de vida do militar. Será definido o que poderá ser oferecido dentro da faixa do programa habitacional do Governo Federal e o que poderá ser ofertado de forma compatível a renda dos militares.
“Precisamos adequar as necessidades desse programa ao que dispõe o Programa Minha Casa Minha Vida. Avaliar, em outro momento, se esses regramentos são necessários por portarias, normas de instrução ou mudança na legislação. E a partir de hoje, com os técnicos do Ministério das Cidades, que formulam as políticas públicas, com os técnicos da Caixa, que conhecem os detalhamentos técnicos e de financiamento, e ouvindo a necessidade real da vida militar, é que nós vamos chegar a uma equação que entregue esse programa feito a diversas mãos”, disse Araújo.
Paulo Galli reforçou o comprometimento para o avanço do acordo de cooperação. “Hoje trazemos todo o entusiasmo e toda a força que a Caixa tem na produção de habitação popular do País. Junto com o Ministério da Defesa e sob o comando do Ministério das Cidades, responsável por toda construção da política habitacional do Governo Federal, iremos colocar as unidades de negócio da Caixa, espalhadas pelo Brasil, para apoiar essa iniciativa e atender às necessidades das Forças Armadas brasileiras, que precisa ter esse olhar diferenciado”, afirmou Galli.
Também participaram da cerimônia o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante Ademir Sobrinho, os comandantes da Marinha, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, do Exército, general Villas Bôas, e da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, além do secretário-geral do Ministério da Defesa, general Joaquim Silva e Luna.