A Microsoft ganhou uma licitação no valor de quase US$ 22 bilhões para fornecer ao Pentágono óculos de realidade aumentada para soldados, anunciaram a empresa e os militares dos Estados Unidos nesta quarta-feira (31).
A tecnologia, baseada no modelo de negócios HoloLens, tornarão os soldados mais eficazes e mais bem protegidos, de acordo com o especialista técnico da Microsoft Alex Kipman.
O Departamento de Defesa disse que o acordo de produção é de cinco anos com opção de renovação, o que pode fazer o contrato valer mais de US$ 21,88 bilhões em 10 anos, informou um funcionário do Pentágono em um comunicado. O contrato prevê o fornecimento de "capacidade de visão noturna e percepção de contexto de próxima geração", disse o Pentágono.
"O programa fornece percepção de contexto aprimorada, permite o compartilhamento de informações e facilita a tomada de decisões em uma variedade de configurações", escreveu Kipman em um blog.
No final do ano passado, o Pentágono disse que manteve sua decisão de conceder um contrato de US$ 10 bilhões para serviços de computação em nuvem para a Microsoft, apesar das alegações da Amazon de que a decisão foi tomada sob a influência inadequada do então presidente Donald Trump.
Contrato de US$22 bi para headset de realidade ampliada ao exército¹
A Microsoft anunciou nesta quarta-feira que venceu uma licitação para vender ao Exército dos Estados Unidos óculos de realidade aumentada baseados em seu HoloLens e uma solução de serviços de computação em nuvem.
O contrato pode ser avaliado em até 21,9 bilhões de dólares ao longo de 10 anos, afirmou um porta-voz da Microsoft.
Nos últimos dois anos, a Microsoft tem trabalhado com o Exército norte-americano em um protótipo do chamado de Sistema Integrado de Aumento Visual, ou Ivas na sigla em inglês. A companhia afirmou nesta quarta-feira que o Exército decidiu avançar o projeto para a fase de produção.
A Microsoft afirmou que os óculos do contrato são projetados para entregar "consciência situacional aprimorada, permitindo o compartilhamento de informações e de tomada de decisão em uma variedade de cenários".
A Microsoft já tinha vencido uma licitação de 10 bilhões de dólares envolvendo serviços de computação em nuvem para um projeto chamado Jedi, do Pentágono. Mas este contrato foi alvo de questionamentos pela Amazon.com.
Depois que a Microsoft anunciou que obteve um contrato de 480 milhões de dólares em 2018 para fornecer protótipos para o Exército dos EUA, pelo menos 94 empregados da companhia pediram para ela cancelar o negócio e parar de desenvolver "toda e qualquer tecnologia de armas", publicou a Reuters na época.
¹com agência Reuters