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Kryptus completa 20 anos como parceira da inovação tecnológica no Brasil

Há duas décadas empresa contribui para o desenvolvimento do país em áreas como ciberdefesa, certificação digital e criptografia

A trajetória da Kryptus, multinacional brasileira de soluções de criptografia e segurança cibernética, está diretamente ligada ao avanço tecnológico do país nas últimas duas décadas. Sediada em Campinas (SP), um dos principais polos de tecnologia e inovação do Brasil, a Kryptus, desde o início de suas operações, em 2003, se mantém na vanguarda do desenvolvimento de portfólio 100% nacional voltado às demandas internas e externas tanto do setor público quanto do privado.

Para Roberto Gallo, fundador e CEO da Kryptus, o investimento em pesquisa avançada para antecipar tendências e desafios é um dos fatores que fazem a empresa se destacar no mercado há 20 anos. “Acredito que um dos nossos diferenciais é a expertise em visualizar o que ainda está por vir, o que nos dá tempo para desenvolver produtos que vão chegar anos depois ao mercado em sua maturidade, fazendo com que sejam competitivos inclusive no mercado internacional”, afirma.

Gallo cita como exemplo o uso cada vez maior de inteligência artificial aplicada à segurança da informação, assunto em que a empresa vem trabalhando há mais de três anos. No início deste ano, a Kryptus foi selecionada para desenvolver o primeiro sistema autônomo inteligente de defesa cibernética brasileiro. Batizada internamente como “Projeto Typhon” , a iniciativa é uma parceria com a Bluepex e os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICT) do Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“Com amplo investimento em pesquisa e costura de parcerias estratégicas, a Kryptus, ao longo de duas décadas, contribuiu para a autonomia do país em relação às tecnologias de segurança cibernética, pauta sensível, principalmente, aos setores ligados à Defesa”, comenta Gallo. A priorização do Ministério da Defesa por tecnologia 100% nacional rendeu à Kryptus o reconhecimento como EED – Empresa Estratégica de Defesa, o que viabilizou, em 2020, um importante aporte do Fundo de Investimento Aeroespacial (FIP), que tem a Embraer como principal investidor.

A Kryptus também foi parceira na implementação do padrão público de certificação digital no país, responsável pela aceleração do processo de digitalização do governo e de serviços prestados ao cidadão. O projeto foi conduzido pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), tendo à frente o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). “Um dos desafios do ITI era o processo de homologação de equipamentos criptográficos no país, até então restrito a sistemas internacionais. Ajudamos a idealizar um sistema doméstico, que nasceu como uma homologação interna no ITI. O HSM da Kryptus foi o primeiro a ser homologado pela ICP-Brasil, justamente por ser o módulo aplicado na AC-Raiz, em 2008”, lembra Gallo.

Em 2015, novamente com o apoio da Kryptus, a ICP-Brasil emitiu a raiz v4, adotada pelo Ministério das Relações Exteriores para a assinatura de passaportes eletrônicos brasileiros, garantindo padrão de segurança internacional. Três anos depois, foram emitidas, e também adequadas com o HSM da Kryptus, as raízes v6 e v7 – essa última aplicada na confecção das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições de 2022. 

Nessas duas décadas, a Kryptus também desenvolveu soluções e produtos únicos no mercado global, ratificando a vocação da empresa para a inovação. É o caso do KeyGuardian, token criptográfico de segurança portátil que fornece proteção pós-quântica (PQC) para sigilo de dados e comunicações, capaz de criar chaves de criptografia One-Time Pad (OTP), impossíveis de quebrar. Em 2021, a Marinha do Brasil passou a utilizar o dispositivo para a cifração de informações sigilosas.

“Ser uma EED provedora de soluções de segurança e criptografia com tecnologia 100% nacional posiciona a Kryptus como uma das principais parceiras estratégicas da Defesa, garantindo a interoperabilidade segura das Forças Armadas para a manutenção da soberania do país”, ressalta Gallo.

E para celebrar esses 20 anos e também os próximos, o consórcio liderado pela Visiona, que tem a Kryptus e outras quatro empresas – Equatorial, Fibraforte, Opto e Orbital – como parceiras, acaba de assinar um acordo com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para o desenvolvimento e qualificação do primeiro satélite privado brasileiro de altíssima resolução. De acordo com Gallo, o projeto permitirá diversas aplicações, como monitoramento de ecossistemas e operações de defesa e inteligência. “Este será o primeiro satélite construído no país, e um dos poucos no mundo, a incorporar criptografia pós-quântica com resistência a ações de COMINT e SIGINT, tanto nos canais de TT & C quanto de cargas-úteis (payloads). Não poderia haver marco mais significativo na história da nossa empresa”, conclui.

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