Rio Grande (RS) – Um destacamento de militares do Grupamento de Fuzileiros Navais de Rio Grande, Organização Militar subordinada ao Comando do 5º Distrito Naval, está atuando na defesa das instalações portuárias da cidade de Rio Grande, que estão sendo simuladas, na Operação Laçador, pelas instalações da Estação Naval de Rio Grande.
No local, estão planejados ataques do figurativo inimigo por ar, mar e terra. São cerca de cem militares trabalhando, dia e noite, para garantir a segurança das instalações.
Articulado pelo Ministério da Defesa, e sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), cerca de 8 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica participam de treinamento conjunto na região Sul do país. Iniciado nesta segunda-feira, o exercício conta com diversos treinamentos e simulações de guerra, com o objetivo de preparar os militares para a missão constitucional de defesa da pátria.
Esta edição, que ocorre de 16 a 27 de setembro, será desenvolvida, simultaneamente, nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Para isso, o território que compreende os três estados recebe uma nova demarcação, com a criação de países fictícios denominados pelas cores verde e amarela. Deste modo, os comandos das Forças recebem instruções de coordenadores instalados na Direção do Exercício (DIREx) para procederem aos ataques de forma a derrotar o inimigo imaginário.
A “Laçador 2013” terá como principais finalidades: manutenção da capacidade operativa das tropas da região Sul; adestramento dos diversos comandos e respectivas tropas em ações críticas de combate, apoio ao combate e apoio logístico, singulares e/ou conjuntas; adestramento dos diversos sistemas operacionais, promovendo e sedimentando a capacidade de interoperabilidade entre as Forças; realização de Ação Cívico-Social em apoio às famílias carentes da região de Nova Santa Rita (RS); experimentações doutrinárias de interesse para as operações conjuntas; e sistematização da atuação conjunta das três Forças com liderança da Defesa.
Por tratar-se de uma operação complexa, envolve o emprego de todos os sistemas operacionais, integrados por eficiente sistema de Comando e Controle. Dentro desse contexto, haverá um Centro de Coordenação e Controle, na sede do Quartel-General do Comando Militar do Sul (CMS), onde cerca de 100 representantes das Forças envolvidas atuarão na coordenação de todas as atividades realizadas pelas tropas do CMS, do 5º Comando Aéreo Regional e do 5º Distrito Naval.
Para tornar viável a comunicação eficaz e o fluxo de informações da operação, a tecnologia será a principal aliada. No referido Centro serão utilizados meios, sistemas e programas modernos que vão permitir a integração, o estabelecimento de comunicações seguras e o acompanhamento de todas as ações realizadas pelas tropas. O cidadão poderá observar a operação por um site que será alimentado com informações, fotos e vídeos das principais atividades realizadas durante o treinamento.
Além das tropas e meios do CMS, do V Comando Aéreo Regional (V Comar) e do 5º Distrito Naval, também estão sendo empregados efetivos dos Comandos Anfíbios do Corpo de Fuzileiros Navais, do Grupamento de Mergulhadores de Combate (Grumec) e da Brigada de Infantaria Paraquedista, do Rio de Janeiro (RJ); da Brigada de Operações Especiais, de Goiânia (GO); do Comando de Aviação do Exército, de Taubaté (SP); do 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes, de Formosa (GO); da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, de Guarujá (SP); das Unidades Aéreas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Campo Grande e Anápolis; e especialistas nas áreas de Guerra Eletrônica, Simulação de Combate e Comunicação Social.
A operação Laçador é o 35º exercício desse porte, realizado pelo Ministério da Defesa desde 2002, com o objetivo de aprimorar o adestramento das três Forças para atuar, de forma coordenada e eficaz, em conflitos convencionais.
As principais manobras serão realizadas nos municípios de Rosário do Sul (RS), Alegrete (RS), Rio Grande (RS), Nova Santa Rita (RS), Santa Maria (RS), São Borja (RS), Canoas (RS), Porto Alegre (RS), Capitão Leônidas Marques (PR), Nova Prata do Iguaçu (PR), Blumenau (SC), Joinville (SC) e Florianópolis (SC).
Nestas cidades, estão programadas ações diretas de forças especiais, transposição de curso d’água, controle e localidade, assalto aeroterrestre, patrulha antissubmarino, defesa de estruturas estratégicas, controle de dano, defesa aérea de retaguarda, ressuprimento aéreo, entre outras. O ministro da Defesa, Celso Amorim, e autoridades militares visitarão uma das localidades para assistir as manobras das Forças Armadas.