Empresas norte-americanas que querem entregar compras para clientes por meio de drones podem começar a comemorar. Foram anunciadas nesta segunda-feira, 29, as novas regras para o uso comercial de drones, que passam a ser regulamentados pelo FAA (Administração Federal de Aviação), o órgão de aviação dos Estados Unidos.
Agora, qualquer empresa poderá substituir, com algumas severas restrições, a sua equipe de motoboys e entregadores por simples aparelhos voadores no país.
Agora, o piloto do drone não precisa de uma licença de piloto para comandar o aparelho — documento exigido anteriormente pelo órgão. Basta ter 16 anos para fazer alguns testes de conhecimentos aeronáuticos e receber um certificado de piloto remoto. Em tese, as empresas passarão a ter menos dificuldade para achar pessoal capacitado para a tarefa.
No entanto, algumas regras vão dificultar o uso comercial de drones. Em primeiro lugar, o dispositivo voador tem que permanecer, o tempo todo, no campo visual do piloto. Ou seja: a pessoa tem que acompanhar a entrega durante todo o percurso, que – também de acordo com as novas regras – precisa ser feita durante o dia. Se o drone tiver luzes e alertas visuais, a entrega poderá ser feita à noite.
Além disso, drones não podem voar sobre pessoas que não estão participando diretamente da operação ou, ainda, ficar acima de 122 metros do solo ou voar em velocidade igual ou superior a 160 Km/h.
Opções. As empresas podem solicitar a "renúncia" da maioria das restrições operacionais, desde que elas possam provar que a sua proposta seja segura. Este processo deverá ajudar reguladores a entender como empresas querem utilizar drones para além destes regulamentos iniciais e limitados. Isso poderia um dia conduzir a regras para operações com drones mais complexos, tais como os propostos pela Amazon ou o Google.
"O novo conjunto de regras apenas padroniza o processo de isenção e diminui a barreira de entrada", disse o pesquisador de drones, Arthur Holland Michel, para o jornal Los Angeles Times.