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Estratégia de defesa deve equilibrar “poder brando e poder robusto”, diz Amorim

O ministro da Defesa, Celso Amorim, defendeu que o Brasil oriente sua atuação no cenário internacional “por uma Grande Estratégia que conjugue poder brando e poder robusto”. Segundo ele, o país deve unir esforços simultâneos em diplomacia e defesa para manter sua posição de independência e solidariedade global. “Uma política de defesa robusta é o respaldo indispensável de uma política externa pacífica”, explicou.

As ideias foram expostas em aula magna realizada nesta manhã no Instituto de Estudos Estratégicos (Inest) da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ). Na ocasião, Amorim explicou que essa Grande Estratégia deverá trabalhar para aprofundar o projeto comum de uma América do Sul coesa e integrada nas áreas de economia, logística, infraestrutura e comércio.

A cooperação internacional, inclusive com países do continente africano, ocupou lugar de destaque na fala de Celso Amorim. “Ligam-nos à África laços linguísticos, afetivos, culturais, sociais e econômicos”, afirmou o ministro, antes de elencar potencialidades exploradas pelo Brasil nos setores de agricultura, saúde, mineração e defesa.

Falando ainda da África, Amorim relembrou à plateia de estudantes a recente nomeação do general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz para o comando “da maior missão de paz das Nações Unidas atualmente”, a que ocorre na República Democrática do Congo.

Segurança

Ao enfatizar que o Brasil ocupa posição “ativa” e “altiva” no mundo, o ministro da Defesa alertou que, embora cultive a paz, o país pode ser objeto de cobiça em três tipos de crise: a ambiental, a energética e a alimentar. “Somos uma superpotência em todos os campos em que se abatem essas três crises. A América do Sul também é detentora de vastas reservas de todos eles”, completou.

Antes do início da aula magna, o diretor do Inest, Eurico de Lima Figueiredo, destacou que o instituto retira o país de um atraso de 65 anos em relação aos estudos de defesa. Em consonância com Figueiredo, o ex-ministro da Marinha, almirante Mauro Cesar Rodrigues, afirmou que a iniciativa cobre uma “lacuna grave” na divulgação dos assuntos pertinentes à área.

O reitor da UFF, Roberto Salles, pediu ao ministro mais integração das três Forças Armadas com a universidade, no que diz respeito à realização de cursos em áreas pertinentes à formação militar.

Sobre o tema, Celso Amorim disse que o Ministério da Defesa está sempre à disposição para aproximar a sociedade civil dos assuntos relacionados à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica.  

Criado em 2011, o Instituto de Estudos Estratégicos é um centro de formação e pesquisa voltado para a análise de questões relativas à Defesa Nacional e à segurança internacional. Tem como objetivo desenvolver e consolidar o pensamento brasileiro na área, formando recursos humanos graduados e pós-graduados em Estudos Estratégicos e Relações Internacionais.

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