O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, presidiu, na quinta-feira (5), na Escola Superior de Guerra, situada na Urca, na capital fluminense, a cerimônia de conclusão do Curso de Altos Estudos em Política e Estratégia (CAEPE). A capacitação é destinada a preparar civis e militares do Brasil e das nações amigas para o exercício de funções de direção e assessoramento de alto nível na administração pública, em especial na área de Defesa Nacional.
A turma “ESG – 70 anos – Pátria Amada Brasil” foi composta por 83 estagiários, entre militares e civis, sendo seis militares de nações amigas como Argentina, Uruguai, Peru e Paquistão. Chamados um a um por seus nomes, os estagiários receberam os diplomas das mãos dos seus paraninfos e os distintivos do curso – que no caso dos militares é incorporado à farda – das madrinhas e padrinhos. O evento foi prestigiado por autoridades civis e militares das três esferas do governo.
O Capitão de Mar e Guerra Paulo Roberto, orador da turma, agradeceu a oportunidade “de representar uma turma composta por brasileiros comprometidos e de mentes brilhantes, que trabalham todos os dias pelo bem do país”. Durante o seu discurso, citou episódio em que em uma viagem de estudos para Manaus observou a interação entre os componentes da turma e viu ali uma fotografia do momento marcante e de perfeita integração que viviam, pela qualidade do debate e pela diversidade de ideias e percebeu, naquela cena, o resumo do que foi o ano de 2019 para a turma “ESG – 70 anos – Pátria Amada Brasil”. Destacou que desde o início foram recebidos com profissionalismo e cortesia por todos da ESG, e enalteceu todo o corpo docente e discente. “A ESG propiciou um ambiente que equilibrou formalidade e cordialidade ”, concluiu.
Para o Defensor Público Federal Carlos Paz, o ano 2019 foi importantíssimo pela oportunidade que teve de conhecer melhor o país, e ver a importância do trinômio: Defesa – Segurança – Desenvolvimento. Disse que “o maior diferencial do curso foi a chance que de poder conhecer o trabalho de militares, empresas e instituições e seus afazeres diários”. Ele afirmou que o curso contribuiu para o seu crescimento por elevar a sua capacidade de reflexão sobre assuntos que ainda não tinha conhecimento.
O diretor da Escola, Almirante Alípio Jorge Rodrigues da Silva, disse que as origens do CAEPE se confundem com a origem da própria ESG e destacou que entre os 83 estagiários, 50 integravam as Forças Armadas do Brasil, seis eram militares de países amigos, dois das Policiais Militares de Alagoas e São Paulo e 25 civis. Afirmou que ao encerrar mais um curso, o sentimento era o do dever cumprido e ressaltou que na sua realização, a Escola Superior de Guerra teve a oportunidade de receber, grandes conferencistas, como o Ministro da Defesa e autoridades militares de instituições internacionais como o Comandante Sul dos Estados Unidos. “A relevância dos temas tratados no curso tem relação direta com a imperiosa necessidade de capacitação de pessoal para formulação e condução de soluções para questões nacionais”, ressaltou o diretor.
Já o Ministro da Defesa falou da grande satisfação que teve em proferir a aula inaugural do curso, em 28 de fevereiro, e agora para presidir a formatura. Destacou o crescimento da ESG e citou a inauguração do campus Brasília na semana passada, ressaltando que as atividades no Rio de Janeiro permanecerão. Disse ainda que as tradições da ESG continuam presentes na qualidade dos cursos e na integração entre civis e militares e que o CAEPE é um dos mais importantes para a Escola.
Fernando Azevedo fez um agradecimento especial aos seis oficiais oriundos das nações amigas. O Ministro ressaltou que a presença deles contribuiu para a qualidade do curso. “ A defesa deve ser uma preocupação de toda a sociedade e não apenas dos militares e do governo. Precisamos estar preparados com pessoas treinadas, doutrinas bem desenvolvidas e tecnologia e equipamentos capazes de dissuadir aventuras”, ressaltou. E concluiu: “Concito a todos que façam a diferença nas suas instituições.”
O Capitão de Navio Leonardo Natan Gomez, da Marinha Argentina, disse que participar de um curso em outro país foi uma grande honra. O militar lembrou que começou o ano com muita expectativa e preocupado, mas que pela receptividade do povo brasileiro em uma semana já estava enturmado. Ele destacou a viagem de estudos que fez a Manaus como a que mais gostou, pela oportunidade que teve de visitar uma tribo indígena. O Capitão citou o relevante trabalho realizado pela Operação Acolhida na fronteira com a Venezuela e que agora estava “ansioso para retornar ao seu país e poder colocar em prática o que aprendeu no Brasil”, garantiu.
Por Comandante Cleber Ribeiro
Fotos: Sargento Alexandre Manfrim