O ministro da Defesa, Raul Jungmann, participou nesta sexta-feira (18), no Rio de Janeiro, da cerimônia militar em comemoração ao 68° aniversário de criação da Escola Superior de Guerra (ESG).
m seu discurso, Jungmann ressaltou a missão da Escola de compreender as realidades nacional e internacional, além de assessorar e apoiar o planejamento da Defesa Nacional: “A ESG tem que dar sua contribuição, cada vez mais, de maneira ampla, profunda e compromissada para o destino que está reservado para o Brasil”, disse o ministro.
O comandante da Escola, general Décio Luis Schons, relembrou a importância histórica da instituição e anunciou a criação do Instituto Cordeiro de Farias, que terá por missão gerenciar os cursos em nível de mestrado e posteriormente doutorado acadêmico. Schons também lembrou que a instituição irá ministrar em Brasília, no próximo ano, o Curso de Altos Estudos de Defesa: “A ESG é uma ideia grandiosa, uma marca de inestimável valor e a nós cabe o dever de preservá-la e engrandecê-la”.
Também presente na cerimônia estavam a nora e neto do fundador e primeiro comandante da Escola Superior de Guerra, marechal Oswaldo Cordeiro de Farias. Ignez Moellman Cordeiro de Farias conta que no início da década de 80 fez um curso de Relações Internacionais na escola. Ela falou com orgulho da ligação de sua família com a ESG. “Meu sogro sempre sonhou com esta escola, tenho certeza que ele foi muito feliz por ter feito parte dessa história”.
O marechal empresta o nome à medalha entregue durante a cerimônia. A honraria foi concedida a personalidades civis, militares e instituições que tenham se tornado credoras desta homenagem especial.
O vice-almirante Almir Garnier Santos, comandante do 2° Distrito Naval, foi um dos agraciados e falou de sua experiência durante o período que serviu no ministério da Defesa. ”Mesmo com pequenas contribuições, me sinto um aportador de capital intelectual ao projeto de desenvolvimento e de avanço da ESG. É uma medalha que me lembra algumas oportunidades em que eu pude dialogar com ministro e com o comandante da Escola na busca por soluções melhores”.
A cerimônia contou também com a participação do almirante Eduardo Bacellar Ferreira, comandante da Marinha, Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, comandante da Aeronáutica, general Joaquim Silva e Luna, secretário-geral do ministério da Defesa, general Mauro César Lourena Cid, chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, e demais autoridades civis e militares.
Sobre a ESG
A Escola Superior de Guerra foi criada em 20 de agosto de 1949, sob a influência das experiências obtidas por um grupo de militares, capitaneados pelo Marechal César Obino, após o segundo conflito mundial e diante dos prenúncios de uma nova ordem, apontados pelo início da guerra fria. Esses militares acreditavam que o País poderia tornar-se uma grande potência, desde que houvesse vontade política e, sobretudo, gerasse um método de planejamento próprio.
Seu primeiro Comandante e Diretor de Estudos, o Marechal Cordeiro de Farias, foi sucedido pelo Marechal Juarez Távora. Desde essa época, estabeleceu-se um sistema de rodízio, sendo a Escola comandada, alternadamente, por oficiais-generais por militares do último posto das três forças singulares.
Ao assumir o comando, o Marechal Juarez Távora, juntamente com o seu antecessor, dedicaram-se a preparação da doutrina da Escola, estruturada nos campos político, econômico, psicossocial, científico-tecnológico e militar.
Ao longo de mais de sessenta e cinco anos de existência, cerca de oito mil esguianos foram diplomados, entre eles quatro presidentes da República, ministros de Estado e outras personalidades notáveis do cenário político brasileiro.
A ESG é um Instituto de ideias abertas ao debate livre e responsável. Subordinada diretamente ao Ministro da Defesa, funciona como Centro permanente de estudos e pesquisas.