A equipe Minerva Rockets da Escola Politécnica da UFRJ acaba de conquistar o Edital de Oportunidade de Apoio aos Grupos de Foguetes Acadêmicos, organizado pela Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE), junto à Agência Espacial Brasileira (AEB).
A partir do esforço e dedicação de alunos de graduação da Escola Politécnica e pós-graduação da Coppe foi possível trazer para a UFRJ recursos da AEB, que serão aplicados no desenvolvimento de atividades e projetos ligados ao setor aeroespacial.
A equipe foi contemplada com apoio financeiro no valor de R$ 20 mil para a construção de foguete universitário com apogeu de 3 km, com tecnologia de propulsão híbrida, combustível sólido e oxidante líquido, que apresenta benefícios como segurança e controle do empuxo do propulsor.
O foguete, que opera totalmente autônomo, contará também com pesquisa em freios aerodinâmicos para controle fino de apogeu, assim como instrumentação embarcada para monitoramento da saúde de seus sistemas. O foguete de sondagem atmosférica tem como objetivo transportar nanossatélites CubeSat – satélites miniaturizados usados para pesquisas espaciais e sensoriamento remoto.
O projeto será desenvolvido ao longo deste ano por 54 alunos, sob orientação do professores do Programa de Engenharia Civil (PEC/COPPE):
– Otto Corrêa Rotunno Filho; do professor do Departamento de Estruturas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFRJ);
– Alexandre Landesmann; do professor do Núcleo de Computação Eletrônica (NCE/UFRJ);
– Claudio Miceli de Farias, e de,
– Flávio de Marco Filho, professor do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM/POLI).
Ao final do projeto, espera-se obter um produto com um nível de Technology Readiness Level elevado (método desenvolvido pela NASA para estimar a maturidade das tecnologias), validado através de voo-teste experimental a ser realizado em 2022.
Segundo Jonas Degrave, aluno de Engenharia Eletrônica e de Computação e um dos fundadores da Minerva Rockets, apesar da situação pandêmica, o ano de 2020 foi de grandes desafios, conquistas e adaptação para todos, principalmente quando exigia recursos dos laboratórios da universidade.
“Fizemos a adaptação de 95% das atividades para o regime home office, com apenas as atividades essenciais reduzidas em um sistema de rodízio, para dar continuidade aos projetos. Os laboratórios foram adaptados com novas rotinas de trabalho, controle de acesso, distanciamento das estações de trabalho, uso de máscaras em tempo integral, higienização diária dos ambientes com álcool e hipoclorito de sódio.
Com isto, foi possível preservar a saúde do nosso corpo social e viabilizar a realização da nossa missão institucional. O empenho de todos os envolvidos valeu a pena”, destacou Degrave.