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Em adestramento de Salto Livre Operacional militares trabalham interoperabilidade

Mariana Alvarenga

Estar em condições para defender a Pátria é uma das funções das Forças Armadas. Por essa razão, os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estão em constante treinamento, de modo a garantir a segurança da república, dos cidadãos e a ordem constitucional vigente diante de ameaça externa. Nesse contexto, o Comando de Operações Especiais (Copesp) sedia, entre 14 e 25 de setembro, o Adestramento Conjunto de Salto Livre Operacional para tropas de operações especiais.

O exercício é caracterizado pela interoperabilidade, atuação conjunta das três Forças. Ao todo, 75 militares participam do treinamento, que é dividido em duas fases: doutrinária e prática. O Comandante do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (Parasar), Tenente-Coronel I.C, enfatiza que esse tipo de capacitação certifica a prontidão do País para empregar suas tropas, caso necessário, e fala da importância do trabalho conjunto.

“O treinamento tem como objetivo a troca de conhecimento entre as equipes. As expectativas são as melhores. Em cada salto, agregamos conhecimento e trocamos experiências, tanto na parte de planejamento quanto na execução do lançamento propriamente dito”, afirma.

Para saltar, o paraquedista porta mochila, fuzil, capacete, óculos, equipamento de comunicação de rádio, paraquedas principal e reserva, além do cilindro de oxigênio. Devidamente equipados, ingressam na Aeronave Hércules C130 da Aeronáutica, sentam em lugares previamente determinados e conectam seu cilindro à mangueira do console de oxigênio, pois, devido à altitude, o gás pode ser escasso. A cada dia de treinamento, é praticada uma modalidade: salto em baixa ou alta altitude, a depender do determinado para o dia.

O Comandante do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC), Capitão de Fragata E.M, explica que o Salto Livre Operacional requer treinamento e atualizações constantes. Para ele, a interação entre integrantes das três Forças enriquece cada militar em particular. “Esse treinamento proporciona a todos os Mergulhadores de Combate participantes que se atualizem, troquem experiências com militares de outras Forças Armadas, conheçam táticas, técnicas e procedimentos novos e depurem suas habilidades individuais”, enfatizou.

Compõem a missão, por parte do Exército, militares do grupo de Operadores Especiais do 1º Batalhão de Forças Especiais, do Batalhão de Ação e Comandos, da Companhia de Precursores Paraquedistas e do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo ar (Dompsa). Da Marinha, as equipes do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) e Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais. Da Aeronáutica, profissionais do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (Parasar).

O Adestramento de Salto Livre Operacional prepara os militares de elite das Forças Armadas, profissionais que atuam em operações de treinamento de excelência e armamento superior. O Coordenador da Subchefia de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa (CHOC), Coronel Arnon Diniz, ressalta a importância desse trabalho para a Defesa do País.

“O Adestramento contribui com os objetivos expressados pela Política Nacional de Defesa a serem alcançados, com vistas a assegurar a Defesa Nacional, que é conceituada como o conjunto de atitudes, medidas e ações do Estado para a defesa do Território Nacional, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas”, afirmou.

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