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Delegação russa chega ao País para negociar caças


 

Nota do Editor,

A oferta de participação no projeto PAK-FA (T-50), é antiga pelos russos. Veja a entrevista coletiva da delegação da Federação da Rússia  na FIDAE em 2010. Em resposta à pergunta de DefesaNet, o diretor do Serviço Federal da Cooperação Técnico-militar, Aleksandr Fomin responde.

Video ao fim do artigo.

O editor

 

Andrei Netto – CORRESPONDENTE / PARIS 

 
Uma delegação de ministros e técnicos da Rússia desembarcou ontem no Brasil para negociar o contrato de compra pelo Exército dos sistemas de defesa antiaérea Pantsir Si e Igla 9X38, de porte individual – negócio avaliado em mais de US$ 1 bilhão. De quebra, o grupo quer apresentar uma proposta para a venda de 36 caças supersônicos Sukhoi-35, os mais avançados do arsenal russo. 
 
A oferta seria feita por fora da escolha F-X2, abeita em 2006 pelo Ministério da Defesa para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB) e ainda sem definição de escolha. As empresas finalistas 110 processo são três – uma dos Estados Unidos, uma da França e outra da Suécia. 
 
A ofensiva russa terá um diferencial em relação aos concorrentes: ela inclui a possibilidade de fabricação inteiramente no território nacional, em sistema de coprodução -primeiro os Su-35 e depois a futura geração de caças furtivos, os Pakfa/T-50, quinta geração de aviões militares da companhia Sukhoi. O problema é que a inclusão dos russos no procedimento só seria possível com o cancelamento da F-X2 e a abertura de uma F-X3, acarretando enorme desgaste diplomático e de credibilidade para o País. 
 
A informação foi obtida pelo Estado de uma fonte diplomática brasileira envolvida nas negociações, reveladas também por reportagens da agência de notícias Ria-Novosti e pelo jornal Kommersant, ambos da Rússia. 
 
Até aqui, a escolha F-X2 era disputada por três concorrentes: Rafale, da francesa Das-sault, F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e Gripe 11 NG, da sueca Saab. 
 
Decisão demorada. Em 2008, o Ministério da Defesa afastou três outros concorrentes: F-16 Falcon, da americana Lockheed-Martin, o Eurofighter Typhoon, do consórcio Eurofighter, e o Su-35 Super Flanker, da russa Sukhoi. 
 
Com a demora na decisão brasileira, os russos voltaram à ofensiva e decidiram oferecer o caça ao Brasil em novas condições. A delegação, comandada pelo ministro da Defesa, Sergei Choigou, e por seu adjunto, Anatoli Antonov, chegou ontem a Brasília e permanece até o dia, hoje na América Latina, passando também pelo Peru, que está comprando de Moscou tanques pesados, blindados e helicópteros. 
 
Enquanto estiver no País, a delegação russa terá encontros com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nar-di. O grupo quer também um encontro direto com a presidente Dilma Rousseff. 
 
A oferta russa inclui a venda dos Su-35 Brasil e a criação de uma joint venture russo-brasileira, para a construção em território nacional da nova geração de caças Sukhoi, o T-50. O projeto já é alvo de uma parceria com a índia. 
 
De acordo com a agência de noticias russa Ria-Novosti, um membro da delegação destacou que "quando das negociações no Brasil, nós estaremos prontos a oferecer não só a compra dos modernos Su-35, construídos pela Sukhoi, mas também a construção em conjunto dos caças ultrassofisticados T-50".

 

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