Garantir operacionalidade das Forças Armadas e, ao mesmo tempo, aproximá-las ainda mais da sociedade civil. São esses os dois maiores desafios do Ministério da Defesa, que nesta terça-feira (10/6) completou 14 anos de existência. A opinião é de Ary Matos Cardoso, que há 10 anos trabalha diretamente com a Marinha, o Exército e a Força Aérea e em maio se tornou o primeiro Secretário-Geral do Ministério. "Estamos criando uma nova cultura, que é a cultura civil-militar", afirma o Secretário.
O resultado prático disso é que as necessidades e capacidades das Forças Armadas já não são discutidas só dentro dos quartéis, e sim, também, em vários segmentos civis. "Defesa, antes, era conhecida só por militares. Hoje, não. Diversos segmentos nacionais, as Academias, a área de indústria, têm um grande conhecimento sobre a área", acredita Ary Matos. Para ele, boa parte dessa divulgação foi alcançada com a Estratégia Nacional de Defesa, de 2008, e com o Livro Branco de Defesa.
A crescente relevância do Ministério justifica também a própria criação do cargo de Secretário-Geral, já em 2013. O setor articula uma grande variedade de áreas compostas por civis e militares, e tem como um dos principais focos unir a modernização das Forças Armadas com o desenvolvimento econômico. Ary Matos explica que foi iniciado um processo de classificação, identificação e criação das condições para as Indústrias Estratégicas de Defesa atenderem às necessidades do País. E vai além: projeta o aumento significativo na exportação de produtos de defesa. “E já se inicia esse processo”, diz.
Confiança
O Secretário-Geral do Ministério da Defesa também destaca o papel das Forças Armadas no esquema de segurança nos grandes eventos. "As Forças Armadas têm uma participação altamente significativa e predominante pela sua experiência, pela sua qualidade, pela qualificação dos seus homens, pelo sistema de controle que dispõe. A Presidenta demonstra uma confiança nas Forças Armadas muito grande, muito grande", diz Matos.
Outro tema de destaque é a realização das Operações Ágata. “Os resultados apresentados são bastante palpáveis. Temos uma certa limitação em não divulgar tudo – por uma questão de inteligência – mas os dados que são apresentados são altamente significativos”, revela. Ary Matos lembra ainda que a Ágata 7, realizada em maio e junho deste ano, foi a maior mobilização das Forças Armadas já realizada desde a criação do Ministério da Defesa, com a presença da Marinha, do Exército e da Força Aérea em toda a região de fronteira, do Norte ao Sul.