A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional promove audiência pública nesta quarta-feira (20) com o ministro da Defesa, Jacques Wagner.
Ele virá tratar dos seguintes temas:
– a implementação da Política Nacional de Defesa, da Estratégia Nacional de Defesa e do Livro Branco da Defesa;
– o percentual do PIB destinado à Defesa Nacional;
– o salário pago aos militares das Forças Armadas; e
– as condições de elegibilidade dos membros das corporações militares.
Segundo um dos autores do requerimento para a audiência, deputado Cabo Daciolo (Psol-RJ), “dados recentes revelam que militares deixaram as Forças Armadas em busca de melhores salários.
Atualmente, engenheiros, físicos e especialistas de alto nível, formados pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e com dedicação exclusiva, recebem R$ 5.500 líquidos por mês. 247 capitães e tenentes deixaram a carreira militar em 2013, incluindo a primeira mulher piloto de caça, que migrou para a Controladoria Geral da União (AGU)”. A audiência será às 10 horas, no plenário 3.
Senadores ouvem Jaques Wagner sobre política de defesa na quinta¹
Foi remarcada para quinta-feira (21) a audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) com o ministro da Defesa, Jaques Wagner. Inicialmente esta reunião estava prevista para ocorrer no mês passado, mas foi adiada.
A reunião cumpre um requerimento de Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Ele lembra que o próprio Regimento do Senado prevê a realização de encontros anuais tanto com o ministro da Defesa quanto com o ministro das Relações Exteriores. Ferraço questiona como o país está se preparando para as Olimpíadas.
— Nenhum país que sedie tal evento pode pensar na hipótese de “baixar a guarda” e reduzir os contingentes policial e militar. Quais são as ações que estão sendo tomadas para garantir o mais alto nível de segurança? — pergunta.
O senador também se preocupa com a crescente parceria no campo militar que a China vem estabelecendo com importantes parceiros brasileiros do Mercosul, como Argentina e Venezuela.
— A Argentina deve adquirir este ano centenas de blindados chineses. Recentemente a Infantaria naval da Venezuela também adquiriu o mesmo blindado. Como o ministro da Defesa vê tais acordos? — questiona.
O senador ainda lembra que a modernização das Forças Armadas continua sendo um grande desafio para o Brasil, agravado neste momento de crise. Por isso, afirma ele, é importante o ministro esclarecer a população sobre quais projetos na área deverão ser contingenciados.
O debate também envolverá a instalação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que estava previsto para o início deste ano, mas foi adiado. O Sisfron tem o objetivo de combater em toda a área fronteiriça a ação do crime organizado, como tráfico de drogas, armas e outros.
Também está prevista para quinta-feira a análise das indicações dos diplomatas Marcos Raposo para embaixador brasileiro no Peru, e de Carlos Lazary para exercer o mesmo cargo no Equador.
¹Com Agência Senado – Sergio Vieira