Tempos de guerra
Os fatos comprovam a fase de uma recessão global, acompanhada de crescimento da população, maior demanda por alimentos e disputas por recursos naturais, onde a preocupação com o meio ambiente ou com a democracia são apenas pretextos para as potências exercerem suas políticas.
Continuam a soprar os ventos de guerra, mas a resistência na Líbia e a oposição da Rússia e da China estão fazendo a OTAN reavaliar a imediata invasão da Síria. Entretanto, em médio prazo, é muito difícil evitar uma guerra mais ampla, por recursos naturais, onde a Síria seria apenas o caminho para o Irã.
Amizade é volúvel.
Contra os russos, os Talibãs eram os aliados, aliás, eram os heróicos combatentes da liberdade. Depois, acusados do ataque às Torres Gêmeas, foram demonizados como os mais cruéis dos inimigos. Agora, influentes no ataque ao Kadafi, estão prestes a serem reabilitados.
Eclusas em Tucurui
A exploração dos recursos minerais e agropecuários das regiões Centro-Oeste e Norte ganham impulso com as eclusas de Tucurui, que possibilita o tráfego fluvial até o porto de Vila do Conde, próximo à capital paraense, local estratégico em relação aos mercados norte-americano, europeu e do extremo oriente. No entanto os ambientalistas da Agência Nacional de Águas exigem que as eclusas só sejam acionadas duas vezes por dia, para não prejudicar os peixinhos. No Rio Mississipi, que permite o escoamento da soja e do milho americanos a baixo preço, as eclusas funcionam noite e dia, sem parar.
Belo Monte
É incrível o esforço internacional para impedir a nossa ocupação da Amazônia;.O cacique caiapó Raoni, usando trajes típicos está na França fazendo campanha contra Belo Monte. Raoni conta com o apoio de atores como Marion Cotillard e Vincent Cassel, além do diretor James Cameron, do filme Avatar
Difícil de entender
Por iniciativa do senador Cristóvam Buarque , o Brasil foi apresentado à mais recente utopia ambientalista: o "decrescimento econômico". O parlamentar organizou e presidiu uma audiência pública sobre o tema.
Perigo
Perigoso o Memorando de Entendimento assinado pelo governo do Amazonas com representantes indígenas do Alto Rio Negro e uma mineradora canadense para a aprovação de “Projeto de Extrativismo Mineral no Estado do Amazonas”. A assinatura coincide com a criação de um Conselho de Conservação para a América Latina
Mensalão das ONGs
Pesquisa do IBGE apontou a existência de 338 mil ONGs no país, Este ano o governo federal já destinou cerca de R$ 3,5 bilhões a entidades sem fins lucrativos, categoria que engloba ONGs, Oscips, fundações e partidos políticos, entre outros. Várias são suspeitas de subcontratar outras empresas para executar serviços para os quais tinham sido contratadas, sem licitação, "configurando-se como meras intermediárias entre o Estado e prestadores de serviços".
Comissão da Verdade
Não há sentido em reabrir cicatrizes, menos ainda quando a turbulência mundial pode ameaçar até a nossa unidade nacional. O mínimo que vai acontecer será reavivar os ódios. Uma vez Caxias disse “Maldição a quem recordar nossas dissensões passadas”
Veias abertas
Não é só a balança de pagamentos. As remessas de lucros e dividendos por parte de multinacionais – especialmente do setor financeiro e de telecomunicações – atingiram mais de 34 bilhões de dólares nos últimos 12 meses. Este é o resultado da privatização mal conduzida, na verdade desnacionalização, promovida por FHC. Assim não há economia que agüente.
DNIT
Em comentário anterior, foi aventado que, se a presidente quiser acabar com a corrupção no Min. dos Transportes, teria que recorrer à Engenharia do Exército. Parece que está acontecendo. As notícias são que o Gen. Fraxe, dirigindo o DNIT está acabando com aquela esculhambação e pondo o órgão em ordem, na maneira militar. Consta que até os demais funcionários estão contentes com o fim das corrupções.
Política Governamental – Perspectivas
Mesmo recusando as atitudes desnacionalizantes do Serra, havia entre os militares nacionalistas, preocupação com o passado revolucionário da Dilma, e sombrias perspectivas foram divulgadas, até com falsidades. Felizmente os que aderiram à Dilma, apenas por recusar o grupo Serra/FHC, tiveram motivo de se alegrar. Primeiro foi quando a presidente reagiu à pressão contra Belo Monte, inclusive respondendo com altivez à organismos internacionais, coisa que não estávamos acostumados a ver. A seguir a dureza na Argentina. Agora no discurso na ONU, quando se referia ao Brasil dizia “o meu País”, e não o “este país”, que estávamos acostumados a ouvir .
No campo da economia, agradou também ao baixar os juros e aumentar o imposto aos carros importados. No campo psico-social ganhou pontos com a demissão rápida de ministros acusados de corrupção, faxina prudentemente atenuada face às dificuldades previsíveis pela reação que tornaria o País ingovernável.
O fato é que ela nos deu a esperança. Ainda não sabemos qual a percepção que tem para os aspectos desagregadores tais como: sistema de cotas, quilombolas, nações indígenas, mas pela primeira vez na “nova república“ pode-se sonhar que ela tenha algo de visão de estadista, como a de Pedro II, ou de tirocínio geopolítico do Barão do Rio Branco, ou ainda de sentimento de integração nacional do Duque de Caxias. Se isso acontecer – grata surpresa, é claro –creio que terá o aval das Forças Armadas, mas para ter legitimidade terá que recorrer a plebiscitos, porque os corruptos partidos estarão procurando passar-lhe uma rasteira.
Que Deus Guarde a todos vocês
Gelio Fregapani