Fábio Amato
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (31) a parceria entre Embraer e Telebrás na criação de empresa Visiona Tecnologia Espacial, que será responsável pela compra e desenvolvimento do satélite geoestacionário brasileiro.
Pelo acordo, a Embraer tem 51% da empresa, enquanto a Telebrás, que representa o governo na parceria, tem 49%. A Telebrás será a operadora do satélite.
O custo do novo satélite é estimado em cerca de R$ 700 milhões. O governo federal vai financiar a sua compra, por meio da Telebrás. A previsão é que ele entre em órbita em 2014.
O satélite geoestacionário gira na mesma velocidade da Terra e, por isso, fica "estacionado" sobre um mesmo ponto do planeta. Ele é utilizado em telecomunicação, meteorologia e, no caso do satélite público, um dos principais usos será nas comunicações militares.
O governo pretende ainda utilizar o equipamento para auxiliar na massificação da internet banda larga no país – o satélite é indicado para levar internet em áreas isoladas, localizadas principalmente na região Norte.
A intenção do governo era que o satélite geoestacionário fosse desenvolvido pela Visiona. Porém, como a indústria nacional não domina toda a tecnologia de construção desse satélite, a empresa terá que contratar uma terceira para fabricá-lo. O contrato, no entanto, vai prever a transferência de tecnologia ao país.