A empresa de engenharia E2Pro está desenvolvendo um drone com tecnologia brasileira. Quando estiver pronto, o robô será capaz de voar sem o auxílio de pilotos.
"O voo sem piloto é possível graças ao GPS e outros recursos, que identificam as coordenadas e orientam a navegação do drone", explicou Paulo Schaefer em entrevista a EXAME.com. Ele é fundador da E2Pro e trabalha no projeto.
Com 6 motores movidos a baterias de lítio, o drone da E2Pro terá autonomia de voo de 40 minutos. Sua estrutura será de fibra de carbono.
Pelas contas de Schaefer, o robô poderá voar em alturas de até mil metros com velocidade máxima de 30 quilômetros por hora.
Equipado com recursos como acesso a rede 3G para compartilhamento de fotos e outros tipos de dados, cada drone deverá custar entre 8 mil e 15 mil reais.
Autorização
"Para o drone voar, autorizações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da FAB (Força Aérea Brasileira) serão necessárias", afirmou Schaefer.
Segundo ele, o monitoramento de incêndios em florestas ou de animais em extinção é uma das possíveis aplicações do drone. Para tirá-lo do papel, Schaefer criou uma campanha no site de financiamento coletivo Kickante.
Ele já arrecadou cerca de 2 mil reais. Mesmo com o valor muito abaixo da meta de 48 mil reais prevista para o projeto, Schaefer pretende continuar financiando a iniciativa com recursos próprios após o fim da campanha.
Para ele, o mais importante é despertar o debate sobre o atraso tecnológico que enxerga no Brasil.
"O povo brasileiro discute temas como segurança pública, futebol, carnaval e muitas vezes se esquece da questão tecnológica, que é um problema muito grave do nosso país hoje", afirma Schaefer.