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Brasil e México estreitam parceria na área de defesa

O ministro da Defesa, Celso Amorim, recebeu os secretários de Defesa Nacional do México, general Salvador Cienfuegos Zepeda; e de Marinha, almirante Vidal Francisco Soberón Sanz. Em reunião bilateral, realizada nesta segunda (4) na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro, as autoridades trataram de estreitar parcerias em setores como o ensino militar, exercícios conjuntos entre as Forças Armadas e troca de experiência no desenvolvimento de produtos de defesa.

Durante o encontro, Celso Amorim disse que os dois países foram fundamentais para a criação da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC). O ministro também afirmou que a parceria entre ambos já existe na área de educação militar e treinamentos, “mas que é preciso aumentá-la”.  O secretário de Defesa do México manifestou interesse em estabelecer um mecanismo para estreitar a cooperação em intercâmbio acadêmico, além de querer conhecer atividades de defesa cibernética, os caças F-5 da Aeronáutica e o blindado Guarani do Exército. 

O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, expôs, brevemente, as atribuições inerentes ao EMCFA. E explicou que “o Brasil se preocupa muito com a sua autodefesa”. Dessa forma, citou que são realizadas operações de fronteira no país, em combate ao contrabando e ilícitos. O general Cienfuegos disse que tem interesse em conhecer melhor o Estado-Maior Conjunto.

“A tendência no México será implementar algo parecido”, afirmou o oficial mexicano.  O secretário de Marinha, almirante Vidal Sanz, reiterou que “há o que aprender em ambos os lados”. “Podemos iniciar a cooperação com visitas mútuas, pois temos objetivos comuns. É preciso fazer uma agenda nesse sentido”, disse.

A comitiva mexicana ainda visitará o Comando Militar do Leste (CML), no Rio de Janeiro, as fábricas da Embraer, em São José dos Campos (SP); a da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), no Rio; e o estaleiro para construção do submarino de propulsão nuclear, em Itaguaí (RJ).

Exército

Ficou a cargo do comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, explanar acerca de possibilidades de negociação entre os dois países no âmbito da Força Terrestre. Sobre o assunto, afirmou que podem ser recebidos oficiais estrangeiros para cursos. Citou, também, a preparação que é feita no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), para militares que integrarão missões de paz.

Marinha

Já a parte da Marinha coube ao chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Carlos Augusto de Sousa, que estava representando o comandante da Força Naval. Segundo ele, entre as alternativas de parceria, pode ser estreitado o setor de educação entre as duas nações. E no que diz respeito a atividades conjuntas, colocou à disposição dos mexicanos o CARIBEX – que tem como missão realizar exercícios no mar, de caráter estritamente militar.

Aeronáutica

O comandante-geral de apoio da Aeronáutica, brigadeiro Hélio Paes de Barros Júnior, participou da reunião como representante do comandante da Força Aérea. De acordo com ele, Brasil e México são parecidos, por não terem “uma política exploratória”. “Pela Estratégia Nacional de Defesa procuramos fortalecer nossa base industrial.” E, nesse aspecto, explicou que a Aeronáutica busca dentro da indústria privada projetos que apoiem a própria instituição.

Sobre área de cooperação com os mexicanos, convidou-os a participar como observadores do exercício Cruzex, realizado bianualmente e que envolve manobras de voo e atividades de comunicação e controle. Entre as nações que o Brasil já recebeu no Cruzex estão Estados Unidos, Chile, Peru e Argentina.

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