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Bolívia e Brasil procuram locais onde instalar radares para a luta antidrogas

O governo boliviano e membros da Embaixada do Brasil sobrevoaram regiões na fronteira entre os dois países para avaliar a futura instalação de radares para detectar o tráfico aéreo de drogas, disse em 27 de julho o vice-ministro da Defesa Social da Bolívia, Felipe Cáceres.

“Foi feito um sobrevoo para identificar pontos estratégicos para, no futuro, instalarmos radares na região”, afirmou Cáceres, principal responsável político pela luta contra o narcotráfico, citado pela agência governamental de notícias.

Ele disse que “essas manobras e exercícios foram mais uma ação entre a Força Aérea boliviana e a Força Aérea brasileira”, mas não revelou quando começarão a ser instalados os radares.

Os dois países compartilham uma fronteira comum de 3.133 quilômetros, principalmente na Amazônia, que são utilizados para o tráfico de drogas por ar, terra e rios, para o contrabando de armas e automóveis roubados.

Bolívia, Brasil e Estados Unidos assinaram, em janeiro passado, um convênio para apoiar as tarefas de La Paz na luta contra o narcotráfico. Os dois pilares do convênio entre os três países são: o monitoramento dos cerca de 31 mil cultivos de coca (segundo a ONU) e o controle do tráfego aéreo.

O Brasil também disponibilizou um lote de aeronaves não tripuladas VANT com a mesma finalidade.

A Bolívia produz cerca de 115 toneladas anuais de cocaína, de acordo com a Organização das Nações Unidas, e a maior parte é vendida ao Brasil e depois à Europa.

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