O presidente-executivo da Boeing, Jim McNerney, disse nesta quarta-feira que a companhia não se sente ameaçada pelo avanço das discussões entre as europeias EADS, controladora da Airbus, e britânica BAE Systems sobre uma fusão.
Ele disse que a fusão proposta reflete o início de uma consolidação global na indústria de defesa, desencadeado pelos menores gastos militares nos Estados Unidos e na Europa.
A Boeing venceu a EADS no ano passado em um enorme pedido para construir 179 aviões de reabastecimento para a Força Aérea dos EUA, um negócio que a EADS esperava que expandiria sua presença no país norte-americano.
Fusão BAE System e EADS
A companhia britânica de defesa e segurança BAE Systems e a European Aeronautic, Defence & Space, controladora da Airbus, confirmaram nesta quarta-feira que negociam a fusão das duas empresas. Segundo as empresas, o resultado deve ser a criação de uma única companhia, listada em duas bolsas diferentes, sendo que os acionistas da BAE Systems serão detentores de 40% da nova companhia e os da EADS ficarão com 60%.
As duas companhias informaram que já iniciaram discussões com governos sobre as implicações da transação. Tanto a BAE Systems quanto a EADS acreditam que algumas de suas atividades de defesa podem ser barradas por alguns governos – em razão de sua importância estratégica e nacional -, particularmente dos EUA, tendo em vista a importância que a nova empresa terá no mercado. As informações são da Dow Jones.