O Exercício Guardião Cibernético 6.0 reúne 140 organizações e representantes de mais de 30 países para fortalecer a segurança cibernética do Brasil
Agência Força Aérea, Ten Vieira
O Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, visitou, nesta quinta-feira (17), o Exercício Guardião Cibernético 6.0 (EGC 6.0), realizado na Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília. O evento contou com a presença do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, do Comandante da Marinha do Brasil (MB), Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, e do Comandante do Exército Brasileiro (EB), General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.
“Nossos militares foram mobilizados e se organizaram pensando nas infraestruturas críticas. O acesso ao espaço é uma infraestrutura crítica do nosso país. Então, para garantir isso, nós temos de estar juntos, porque o Comando de Defesa Cibernética é o catalisador dessas soluções, porém cada um defende o seu espaço. Nesse contexto, o espaço cibernético também tem que ser defendido pela Força Aérea, pelo nosso pessoal especializado”, destacou o Tenente-Brigadeiro do Ar Nogueira, sobre o papel da FAB na segurança cibernética.
“Todos os meios – terrestres, navais e aéreos – são altamente dependentes da parte espacial e do ciberespaço. Assim, essas operações conjuntas permitem que a gente busque vulnerabilidades e encontre soluções para garantir um melhor emprego em um cenário de guerra”, reforçou o Coronel Aviador Luis Felipe De Moura Nohra, do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), sobre os esforços contínuos para mitigar as vulnerabilidades cibernéticas.
Sob coordenação do Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), o exercício reúne 140 organizações e representantes de mais de 30 países em um esforço para enfrentar as crescentes ameaças cibernéticas. “Precisamos estimular que novos trabalhos como esse aconteçam nas Forças Armadas e no País. Então, é fundamental que invistamos mais nisso, porque esse será o desafio do futuro, onde lutaremos contra inimigos que não podemos ver”, ressaltou o Ministro da Defesa.
Considerado um marco estratégico na proteção das infraestruturas críticas do Brasil, o exercício promove simulações construtivas e virtuais. Dessa forma, as Forças Armadas, órgãos parceiros e representantes de setores críticos – como água, energia e comunicações – trabalham em conjunto para desenvolver soluções estratégicas e avaliar a capacidade de defesa e contra-ataques, com o objetivo de evitar impactos sociais, ambientais, econômicos, políticos, internacionais e à segurança do Estado e da sociedade.
As atividades do EGC 6.0 estão previstas no Plano Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas, ampliando a capacidade operacional das Forças Armadas e incentivando uma colaboração ampla entre a Administração Pública Federal, setor privado, academia e sociedade, fortalecendo a resiliência cibernética do país.
O evento também contou com a presença do Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Marcos Antonio Amaro dos Santos, Oficiais-Generais, autoridades do Governo Federal e civis.
Histórico do Exercício Guardião Cibernético
Desde a sua primeira edição em 2018, o Exercício Guardião Cibernético foi expandido significativamente em importância e abrangência. Inicialmente focado em setores como financeiro e nuclear, o treinamento passou a incluir um número maior de instituições e desafios. A edição de 2023, por exemplo, deu destaque à integração entre governo, setor privado e academia, contando com mais de 700 participantes e 100 organizações para fortalecer a resiliência cibernética brasileira.
Fotos: Sargento Vanessa Sonaly/CECOMSAER e Soldado Neiva/ESD