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Partido Comunista da China encerrará reunião crucial com fortalecimento de Xi

O Partido Comunista da China encerrará uma reunião que deve culminar com uma resolução que consolida a autoridade do presidente Xi Jinping na quinta-feira, um ano antes do que se prevê ser a confirmação de um terceiro mandato como líder partidário, o que romperá um precedente.

A sexta sessão plenária do comitê central, um grupo de cerca de 370 membros do partido que escolhem seus novos líderes a cada cinco anos, transcorre desde segunda-feira a portas fechadas em Pequim, respaldada pela propaganda da mídia estatal. A "resolução histórica", somente a terceira da sigla desde sua fundação em 1921, trata oficialmente de suas conquistas ao longo de 100 anos, mas também confirmará a autoridade de Xi como "cerne" do partido, reforçando ainda mais seu controle do poder e assentando as bases para o que muitos analistas acreditam que será um terceiro mandato daqui a um ano.

Embora não exista cobertura midiática oficial dos debates da sessão plenária, veículos de notícias estatais estão repletos de comemorações dos feitos de Xi e do partido. O Diário do Povo publica uma série de comentários extensos de primeira página saudando Xi todos os dias desde 1º de novembro.

O primeiro louvou o presidente como "político marxista, pensador, estrategista" que tem "uma coragem política imensa, uma noção intensa da responsabilização histórica e um amor profundo do povo", incorporando a qualidade do partido de "não temer um inimigo forte, não temer riscos" e "ousar lutar e vencer". Salpicados de colocações de Xi e de admiradores, os comentários do Diário do Povo ultrapassam 140 mil caracteres, exaltando Xi por controlar a Covid-19, fortalecer a economia e os militares, erradicar a pobreza e combater a corrupção.

As duas únicas "resoluções históricas" anteriores do partido, emitidas em 1945 e 1981, tiveram o efeito de consolidar a autoridade dos líderes Mao Tsé-Tung e Deng Xiaoping, respectivamente. A primeira notícia sobre a reunião desta semana provavelmente aparecerá na mídia estatal na quinta-feira, e uma coletiva de imprensa está agendada para a sexta-feira.

Xi diz que China está disposta a administrar diferenças com os EUA

A China está disposta a administrar devidamente suas diferenças com os Estados Unidos, disse o presidente chinês, Xi Jinping, antes de uma reunião virtual com o presidente norte-americano, Joe Biden. Em uma carta lida na terça-feira pelo embaixador chinês nos EUA, Qin Gang, em um jantar do Comitê Nacional para as Relações EUA-China em Washington, Xi disse que a China está disposta a cooperar com os EUA em questões regionais e globais.

Ainda não se anunciou uma data para a reunião entre Xi e Biden, mas uma pessoa inteirada do assunto disse que ela pode ocorrer já na próxima semana.

Reunião virtual entre Biden e Xi pode acontecer já na semana que vem, diz fonte

Uma reunião virtual planejada entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, deve acontecer na semana que vem, afirmou uma pessoa informada sobre o assunto à Reuters.

Porta-vozes da Casa Branca e da embaixada chinesa em Washington se recusaram a confirmar se a reunião acontecerá na semana que vem.

Disputas diplomáticas combativas entre EUA e China no início do governo Biden enfureceram aliados, e autoridades norte-americanas acreditam que um engajamento direto com Xi seja a melhor maneira de impedir que a relação entre as duas maiores economias do mundo se desestabilize até um eventual conflito.

Os dois lados disseram que chegaram a um acordo inicial para realizar uma reunião virtual antes do final do ano entre Biden e Xi, após um encontro na cidade suíça de Zurique entre o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e o principal diplomata da China, Yang Jiechi, no mês passado.

Fontes disseram à Reuters no mês passado que, dadas às restrições da China devido à Covid-19 e à relutância de Xi em viajar, Washington estaria buscando uma videoconferência no mês de novembro.

A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean Pierre, foi perguntada em uma entrevista coletiva na segunda-feira sobre o momento da reunião virtual, e reiterou que havia um acordo em princípio para que Biden e Xi se reúnam antes do final do ano.

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