BRASÍLIA – O presidente da China, Xi Jinping, quer aproveitar sua visita ao Brasil, durante e após a Copa do Mundo, para avançar no projeto de fazer do país um canal de aproximação da América Latina. Para isso, cumprirá uma agenda que vai além do encontro de líderes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Fortaleza, e da reunião com a presidente Dilma Rousseff em 16 de julho, em Brasília.
Jinping atuará em outras três frentes: se reunirá com representantes da Comunidade de Estados Latino-Americanos (CELAC); participará de uma cimeira entre os países do BRICS e a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL); e, no discurso que fará no Congresso Nacional, se dirigirá às nações latinas, não só ao povo brasileiro.
Governo e setor privado brasileiros apostam todas as fichas no encontro entre Dilma e Jinping. Estão sobre a mesa a venda de 60 aviões da Embraer para a China, por US$ 3,8 bilhões, sendo 40 EMB195, de cem lugares, e 20 Legacy, jatos executivos produzidos na China junto com a portuguesa Avic.